Saturday, June 09, 2007

Some people walk on broken glass




Este será, muito provavelmente, uma das minhas última entradas neste blog. Afinal o que era um lugar de partilha de pequenas coisas entre amigos tornou-se num lugar de peregrinação, um lugar de atracções e de curiosidades onde ainda se vai pilhando qualquer coisa de vez em quando. Algumas das entradas neste blog são até bastante irrelevantes, mas é destas que se compõe um diário. E este era só isso. De qualquer modo este meio não me interessa mais, cansei-me.
Tenho andado a patinar para ver no que dá.
Não tenho nada contra os anónimos, nada contra as identidades múltiplas ou contra os assumidos sem problemas de dizer quem são.
Volto aos blogs quando me der jeito, mas prevejo que não seja para breve.

Durante esta metade do ano encontrei-me numa série de situações conflituosas (!) nas quais me vi completamente à rasca para me explicar. Em particular esta aqui do blog. Sim, vou voltar a este assunto. Confesso que tenho andado confusa e o passar do tempo não tem ajudado muito a clarificar a questão.

Afinal isto era mesmo um golpe! Mas um golpe no meu pé. Exactamente aquele que não me deixa andar em condições. As justificações são mesmo assim, escusadas e necessárias ao mesmo tempo.

Andava eu com o vidro na bota que me incomodava imenso e decidi tirá-lo - escrevi o texto e apresentei-o. O texto era sobre mim (óbvio) mas também sobre o que eu julgava ser sintomático de um contexto, ao mesmo tempo que me apeteceu abrir espaço para a discussão (sem imaginar o alcance que podia ter). A primeira nota foi de miserável e pessimista! Bhu! Não gosto nada desta conversa. A seguir, entra o vidro no pé e passshhhh! Foi um golpe! É uma chamada de atenção. É puta mimada, é beta! E assim foi.

Quando me perguntam a minha opinião sobre tudo o que se passou, eu digo que a discussão foi, de facto, pobre. Falou-se muito em exigência e na falta dela. Quando tanta gente ficou no boato fácil dá que pensar! O telefone toca e é mais um amigo a dizer-me que há rumores. A resposta é simples: “acreditas?”. A conversa já teve lugar e depois há sempre a possibilidade de se promoverem os tais encontros pessoais. E isto levar-nos-á a algum sítio. Pessoalmente não consigo imaginar onde.

Deixo-vos três lindíssimos apontamentos:
Laurie Anderson (letra de Ramon, não dispensem ouvir a música; e o vídeo de Superman);
Sexo no Anexo (Comes merda!) - carregar no titulo, está linkado.



Ramon
Last night I saw a host of angels
And they were all singing different songs
And it sounded like a lot of lawnmowers
Mowing down my lawn
And up above kerjillions of stars
spangled all over the sky
And they were spirals turning
Turning in the deep blue night.

And suddenly for no reason
The way that angels leave the grund
They left in a kind of vortex
Travelling at the speed of sound.

And just as I started to leave
Just as I turned to go
I saw a man who'd fallen
He was lying on his back in the snow.

Some people walk on water
Some people walk on broken glass
Some just walk round and round
in their dreams
Some just keep falling down.

So when you see a man who's broken
Pick him up and carry him
And when you see a woman who's broken
Put her all into your arms
Cause we don't know where we come from
We don't know what we are.

So when you see a man who's broken
Pick him up and carry him
And when you see a woman who's broken
Put her all into your arms
Cause we don't know where we come frm.
We don't know what we are.

And you? You're no one
And you? You're falling
And you? You're travelling
Travelling at the speed of light.

And you? You're no one
And you? You're falling
And you? You're travelling
Travelling at the speed of light.

14 comments:

L said...

que se fodam todos, é o que eu digo. os dos rumores, os das dores de cotovelo e das outras ninharias. arranca os vidros e segue o teu caminho, que ainda tens um longo percurso e muita coisa bonita pela frente!
como se diz na régua, dá-lhe de gás!!!

:) beijitos

Anonymous said...

Tenho andado um bocado afastada da bloguesfera. Que foi desta vez?!

Anonymous said...

Faz mas é um blog com o trabalho. Acho que é importante..

Beijos

isabel carvalho said...

Catarina,
Não há nada de novo.
Afinal não havia jogo de futebol nenhum e fomos todos para casa comer salsichas.

Entretanto achei que estava na altura de deixar a Cindy dormir + todos os outros e de dar umas corridas ao ar livre e ver o sol. Ou então enfiar-me num ginásio a modelar-me nas máquinas.

Quando houver novidades aviso-te. Pelo menos já sei que contigo posso contar.
E mais, se isto é “sissi” e sentimental têm que ler os comentários que andam por aí! São um doce.
Se andam todos a mostram afecto porque não eu também.

isabel carvalho said...

Marco,
Pois, ainda bem que me avisaste...já fui ver a Helena Roseta.
Sempre te imaginei a desenhar com a seriedade e melancolia do Tomine e afinal saíste-me um grande cómico!
Até consigo imaginar porquê. O Tomine era um triste e os argumentos (sendo auto biográficos) reflectiam isso. Tu, que fazes um tipo de trabalho próximo (sim, o assunto és tu), lá eras capaz de fazer uma BD melancólica??
A não ser que fizesses como o Paulo P que para alem de ser triste sempre se esforçou para parecer (ainda mais, meu Deus, como eles são parecidos fisicamente!) ainda mais freak que o Tomine. E será que conseguiu!?

Pronto, não há Tomines, há Marcos Mendes sem enganos!

É bem melhor.

Beijos

Anonymous said...

Quem é o Tomine?

isabel carvalho said...

Adrian Tomine!!!!!!!!!!

isabel carvalho said...

Até as raparigas parecem a Ligia!

L said...

sim, mas isso é normal, eu sou uma miúda com uma aparência genérica e banal.




ps."....todos para casa comer salsichas"? é isto, fazem os melhores programas e não me convidam.

isabel carvalho said...

Whatever! eu não acho que elas sejam banais.
Ele e desenha miúdas com cabelo escuro, liso, pelos ombros, nariz curto e sorriso engraçado. Se isto é banal que serei eu na Polónia!?


As salsichas...depois explico!

L said...

Na Polónia serias polonesa!

Deixa lá as salsichas, era bronquite.

isabel carvalho said...

salsicha é mesmo para ser bronquite!

Catarina Carneiro de Sousa said...

Sissi, meu amor! Eu adorava a Sissi quando era pequena!
Vou espreitar os comentários amorosos...

Catarina Carneiro de Sousa said...
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