Saturday, May 31, 2008
- Peter Pan growth pack! SPAM-dirty talk!
- Os YOUNG MARBLE GIANTS (afinal) são de crystal, quase que se partiam em palco e eu quase tremi a pensar que se iam enganar. Bateu tudo certo e tive saudades.
- Há muito anos, nas montanhas, alguém deu conta que eu aspirava a saliva enquanto falava. Nunca ninguém descobriu o segredo do ruidoso tique-tique nervoso. No colégio, as miúdas upper class tinham dinheiro para aplicar aparelhos para corrigir os dentes. Eu também tive um, mas não dava tanto estilo porque a saliva circulava por entre os arames. Um aparelho assim não era “fino”. Por isso fingia.
- Actividade de Sábado de tarde, em preparação de Sábado à noite: reciclar roupa antiga. As vestimentas das lojas são pouco sinceras, misturam estilos para que os meninos high class se pareçam com os meninos low class e para que todos pareçam feios e iguais.
- O melhor da cultura popular é que é de todos, está isenta de complexos de propriedade – como tudo devia ser, se fossemos menos nervosos que nos fosse escapar alguma coisa entre dedos.
- Oferta do dia: contrabando gasolina e gasóleo. Se houver encomendas suficientes prontifico-me a ir a um poço de petróleo extrair algum. Vendo em garrafas do Luso de um quartilho.
- O azar da piscivora é que o piscado está caro – a Teresa disse-me que quando viveu com os pescadores era feliz porque...era. Peixe de viveiro vai-me custar o olhos-da-cara e algumas alergias.
- O mundo sofre desigualmente.
[Voltaremo-nos a ver numa noite de sol?]
Thursday, May 29, 2008
1. I need “the most radical gesture”, mas deixei na outra casa quando me mudei para o centro.
2. Acordar às 6.30 da manhã a pensar na extrema gravidade de estar aborrecida. Os pesadelos aparecem às 4.30; os fantasmas estão lá sempre; o aborrecimento é mais durante o dia; as pragas andam longe; os jactos de água a limpar a rua é de 15 em 15 dias; encerramento da rua pela patrulha é uma vez por mês.
3. Tenho um texto para publicar aqui e acolá que perde por falta de ironia. Ainda não saí completamente do campo do concreto para o discreto.
4. O texto chegará hoje com gralhas e com falhas intencionais para que depois seja publicado numa revista sem haver chatices.
5. Em Lisboa por umas horas, imaginei um novo movimento, um exercito imaginário que seguia as mesmas regras e propósitos e que se constituía mais por afinidades do que pela imposição de uma doutrina. Se calhar mais à frente, um dia destes, consigo explicar isto melhor. (Assim me ocupei a ver as montras)
6. Em Lisboa, Chiado, Alexandre. Grande sorte, bom encontro e boa visita guiada.
2. Acordar às 6.30 da manhã a pensar na extrema gravidade de estar aborrecida. Os pesadelos aparecem às 4.30; os fantasmas estão lá sempre; o aborrecimento é mais durante o dia; as pragas andam longe; os jactos de água a limpar a rua é de 15 em 15 dias; encerramento da rua pela patrulha é uma vez por mês.
3. Tenho um texto para publicar aqui e acolá que perde por falta de ironia. Ainda não saí completamente do campo do concreto para o discreto.
4. O texto chegará hoje com gralhas e com falhas intencionais para que depois seja publicado numa revista sem haver chatices.
5. Em Lisboa por umas horas, imaginei um novo movimento, um exercito imaginário que seguia as mesmas regras e propósitos e que se constituía mais por afinidades do que pela imposição de uma doutrina. Se calhar mais à frente, um dia destes, consigo explicar isto melhor. (Assim me ocupei a ver as montras)
6. Em Lisboa, Chiado, Alexandre. Grande sorte, bom encontro e boa visita guiada.
Monday, May 26, 2008
Sunday, May 25, 2008
Festival Sincero Procuro talentos para desenvolverem actividades de palco
Gostaria de te convidar a apresentar uma proposta para a edição do segundo festival sincero a decorrer no final de Junho nesta cidade. Responde para este email com a indicação da área em que te inseres, uma breve descrição da tua actividade, o tempo de duração e o material e equipamento necessário.
Áreas - Música / Poesia / Humor / Dança / Improvisação
Não há $ & Nem roadies!
Tuesday, May 20, 2008
- Não é fácil imaginar o que nós os dois fazemos para nos entretermos um ao outro. Às vezes não é nada divertido, mesmo nada.
- Se repararem há menos sinistrados nas estradas e sabem porquê? (estai atentos por favor!) Porque há menos pessoas a conduzir!
- Uma crise mundial sem precedentes ataca o mercado. A causa principal – já não nos entretemos facilmente. Falta ironia e segundo sentido. Encontramos a sensibilidade a dois centímetros de profundidade cutânea. Alguém que se imole com fogo aqui mesmo – a ver se eu me rio!
- Privo-me de comer carne a partir de hoje e quase que vou começar a poupar a água do banho num balde.
Fundamentação do post:
Revi o “Tempo do lobo” e falei com o meu galerista.
Monday, May 19, 2008
1. Há muitos anos uma mulher caiu em desgraça por ter mentido e ter dito que tinha um porco com duas cabeças. A mulher acreditava que o porco as tinha de facto, mas o principal problema foi a vizinha ter-se vingado com a cobiça.
O porco extraordinário imaginado pela senhora não podia desconfiar que tal ia acontecer. Nem a mulher que o imaginou. O que é certo é que a vizinha conseguiu que todo o povo repudiasse os porcos e a mulher. Independentemente dele existir ou não.
2. Pessoalmente não julgo as pessoas mas as atitudes – se são feias fechos os olhos, se são gentis e graciosas esqueço-me delas.
3. O filho pródigo é uma espécie de quebra cabeças para o Pedro.
Sunday, May 18, 2008
DESLIGADO
1. Procuro dar continuidade ao Festival Sincero. Já investi algum tempo a colar cartazes (desenhos originais) na cantina das belas artes. Há interessados? Projectos musicais artísticos procuram-se. Respostas até esta próxima sexta-feira – sem falta.
2. Hoje é o dia de todos os Museus.
3. Um tubarão vira-se para uma tubarona e diz: tu baralhas-me!
E a tubarona diz: Tubarão, também me baralho muitas vezes e olha que não tem nada a ver contigo!
Thursday, May 15, 2008
Tuesday, May 13, 2008
Monday, May 12, 2008
1. No final a família morre com um machado e à machadada. Na praça dos poveiros, de manhã, um a um.
2. A substituição é difícil. Prolongar o livro era possível se eu pegasse nos apontamentos a lápis e nas “orelhas”. Mas está na hora de passar para outro.
3. Quando se faz uma troca de uma coisa ou situação por outra coisa ou situação tem que ser para melhor, mas às vezes não há alternativa: a troca foi feita naturalmente e só nos damos conta mais tarde. Por isso, se não é, há que tornar melhor. O que quero dizer é que se seguiram cinco pequenos livros e que um deles me deixou realmente mal disposta porque não estava preparada. Só pode ter sido a melhor troca (reconheço isso agora) porque é irritante o suficiente para que o odeie, para que tenha enviado a sua autora para o c^___, para que o livro arda no inferno dos livros...Desde o início: eu estava convencida que ia gostar de o ler, mas adivinhava ali qualquer coisa de assustador. Foi escrito em 1977, por uma mulher portuguesa completamente angustiada e doidinha.
4. A verdade é que tenho medo que ela se ria de mim por eu (como leitora) não conseguir encontrá-la. Porque é sobre isso, ou é isso, um exercício de literatura em si mesmo: camadas sobre camadas que vêm da literatura universal, da história da própria autora e de vidas emprestadas.
5. A Teresa sete anos depois não mudou nada. Trocou as vacas pelos cães e vive perto de Coimbra onde o polén nem sempre provoca alergia. Conspiramos como tinha que ser e porque estávamos quase entediadas de estar por ali a engolir sapos. - A dedicatória que deixaste na publicação que eu te comprei é brilhante e na altura não dei conta que estavas a escrever o episodio que se tinha passado na sala ao lado uns minutos antes. Na sala da tua exposição, exactamente. “Desenhas mal ou é porque és gaja ---^----!?”
6. A Teresa não é vegetariana porque às vezes gostava de morder pessoas – disse-me a própria.
7. Na viagem de regresso – não tenho estado cá, aliás, eu não vivo cá, segundo diz a minha irmã – revi a Teresa nas coisas que trouxe comigo. Era papelada antiga que eu já tinha desde o final dos anos 90, mas que agora fazia outro sentido. - Espero que ainda sejas capaz de aproveitar a atenção que te dão depois de tantos anos à margem de uma margem que não reconhece o tamanho minúsculo que tem e que aos meus olhos sabe ser e manter-se bastaste insignificante.
8. A economia do artista, preocupa o artista.
9. Deveria preocupar também os não-artistas porque nunca sabem o que um dia lhes pode acontecer.
10. Alguém se lembra de ter visto cabeças de pedra? Colecciono-as.
Thursday, May 08, 2008
VENTO OESTE!!
Antes de se visitar a exposição de Isabel Carvalho na Galeria NovaOgiva, em Óbidos, inaugurada a 25 de Abril, fará sentido fazer também outra visita, mas ao seu blogue (whiteponycab.blogspot.com) e descobrir o caminho que fez a artista plástica na elaboração dos trabalhos através dos seus relatos.
Afinal, é a partir de uma das piores pragas que existe na Internet, o spam, que tem origem a sua exposição. Isabel Carvalho explicou-nos que a exposição trata “de um reencontro com a poesia através do spam”.
Segundo a Wikipedia, “o termo spam, abreviação em inglês de ‘spiced ham’ [presunto condimentado], é uma mensagem electrónica não solicitada enviada em massa”. Qualquer pessoa com uma conta de email sabe o que é o spam porque ninguém está imune a receber estas mensagens, que tratam de temas tão díspares como a oferta de Viagra, contos do vigário, publicidade e casinos online.
Foi numa dessas mensagens que surgiu a frase “Girls are dreaming about enormous machines” que dá título à exposição. Este foi um dos exemplos que encontrou da “subtileza, da tradução cuidada do indizível, do uso das metáforas e da extrema sensibilidade própria da poesia”.
No blogue de Isabel Carvalho descobre-se como foi feito esse tal reencontro com a poesia. A exposição é composta por desenhos e objectos escultóricos realizados nos últimos meses, depois de ter recebido o convite de Ana Calçada, responsável pela NovaOgiva. A primeira ideia seria trazer para aquela galeria os trabalhos que tinha exposto recentemente em Lisboa, mas a artista plástica decidiu criar novos desenhos.
A autora conhece bem Óbidos e diz que gosta de poder expor nesta vila pela primeira vez. Na visita mostra é possível apercebermo-nos que Isabel Carvalho gosta de cuidar também da organização dos espaços onde expõe, porque considera que tudo tem o seu papel.
Sem entidades oficiais presentes e sem discursos, a inauguração foi feita num ambiente descontraído. De tal forma que houve oportunidade da artista pousar de uma forma “sui generis” junto dos seus trabalhos.
(Pedro Antunes)
Afinal, é a partir de uma das piores pragas que existe na Internet, o spam, que tem origem a sua exposição. Isabel Carvalho explicou-nos que a exposição trata “de um reencontro com a poesia através do spam”.
Segundo a Wikipedia, “o termo spam, abreviação em inglês de ‘spiced ham’ [presunto condimentado], é uma mensagem electrónica não solicitada enviada em massa”. Qualquer pessoa com uma conta de email sabe o que é o spam porque ninguém está imune a receber estas mensagens, que tratam de temas tão díspares como a oferta de Viagra, contos do vigário, publicidade e casinos online.
Foi numa dessas mensagens que surgiu a frase “Girls are dreaming about enormous machines” que dá título à exposição. Este foi um dos exemplos que encontrou da “subtileza, da tradução cuidada do indizível, do uso das metáforas e da extrema sensibilidade própria da poesia”.
No blogue de Isabel Carvalho descobre-se como foi feito esse tal reencontro com a poesia. A exposição é composta por desenhos e objectos escultóricos realizados nos últimos meses, depois de ter recebido o convite de Ana Calçada, responsável pela NovaOgiva. A primeira ideia seria trazer para aquela galeria os trabalhos que tinha exposto recentemente em Lisboa, mas a artista plástica decidiu criar novos desenhos.
A autora conhece bem Óbidos e diz que gosta de poder expor nesta vila pela primeira vez. Na visita mostra é possível apercebermo-nos que Isabel Carvalho gosta de cuidar também da organização dos espaços onde expõe, porque considera que tudo tem o seu papel.
Sem entidades oficiais presentes e sem discursos, a inauguração foi feita num ambiente descontraído. De tal forma que houve oportunidade da artista pousar de uma forma “sui generis” junto dos seus trabalhos.
(Pedro Antunes)
CABEÇA DE PEDRA
a. A saída de emergência está assinalada logo à entrada. Eu não tinha reparado e bati com a cabeça na tabuleta. É como quando se esquecem de pintar as linhas nas estradas nacionais: às vezes dá jeito andar informalmente pela via; às vezes é preciso alguma ordem.
b. Não vi a tabuleta hoje, amanhã já a vejo melhor.
c. Novas perspectivas e pouca saúde.
d. Os sindicatos fazem pouca diferença. No final temos pouca memória (que sorte), cometemos erros que ultrapassam decisões em conjunto. Ora vamos lá recapitular a ver se falamos todos a mesma língua – mas não falamos.
e. As ideias claras pertencem a pessoas claras ou então aparecem só de vez em quando a todos. “Ora, se existe quem seja mil vezes melhor que eu a não conseguir viver disto, com part-times, a fazer trabalhos de merda, como é que eu me poderia imaginar dedicar-me só a fazer isto a tempo inteiro? Acho que nem queria...e de qualquer maneira perdemos pouco tempo”.
f. “Para os teus fantasmas compra um gato, assim se justificam os ruídos da tua casa”
“Tens que deitar tudo para fora (suar) a fazer desporto” - dormir no jardim é desporto?
g. Às 7 da manhã a praça dos poveiros já tem sol e dali pode-se acompanhar as variações mais subtis da deslocação da luz/calor. Àquela hora já três me pedem qualquer coisa.
h. “Este bungalow é uma casa para 5 pessoas e está rodeado de mar, podíamos passar aqui 5 dias inteiros a fazer muitas coisas, mas se voltarmos cá em outra altura se calhar não vamos fazer nada”
i. Não há sítio melhor, nem momento melhor que este – se isto te acontecer estás muito perto.
j. Virar um caracol ao contrário, “tens que fazer isso”, e depois vais ter uma surpresa, é tudo húmido. Até a cabeça faz sentido.
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