Sunday, February 01, 2009
DOIS PALMOS E DUAS MÃOS CHEIOS DE NEVE
1. Dia um de qualquer mês dá sorte. (R)
2. Um mau dia para pensar é um dia estragado.
3. Um Domingo é o primeiro dia da semana e não se percebe porque não é mais estimulante.
4. Num dia mau, não se decide, deixa-se que os outros decidam.
10h: dar de comer às gatas e pensar em mais uma dose de peixe frito, pegar na tesoura e fazer um recorte à toa. Fazer colagens é terapêutico.
11h: a casa tem água a escorrer porque a madeira das janelas está podre. Durante a noite uma porta abriu-se e ainda bem que a fechamos a tempo. Limpo a humidade para que ninguém sofra de alergias ou gripes; aspiro o pêlo das gatas e volto para a cama. Está quente, mas não consigo ler.
11.10h: gota de água: não tenho pachorra para me culpar por ser Domingo.
11.20h: descombino almoço e entro em pânico ao telefone; porque é peixe e vai sobrar.
11.30h: A4, e não fui eu que decidi. Adormeci 20m até chegar ao Marão.
12.30h: descalço as meias e ponho os pés na neve e aceito o choque como teste de resistência. Está frio e as botas são de cartão. Descobri isto porque estão moles e eu tenho os pés molhados com botas de Inverno. Os pés na neve é uma das mais bonitas imagens dos sites para maiores de idade russos. Um dia coleccionei planos muito aproximados de pés na neve e no gelo. E nunca vi de quem eram. Os pés estavam cortados. A imagem separou-os do resto.
12.45h: aproveitamos para fazer a fotografia do Hammons para a economia do artista. Vender neve! Neve como Arte. Diferentes bolas e diferentes tamanhos. Não consegui arranjar outra forma mais subtil de me apropriar da ideia dele. Como consigo que outro material sirva para o mesmo efeito? Nem a areia.
12.55h: comer neve parece-se com granizados.
13. 15h: decidi, vou mudar o meu texto. Acrescento mais duas superstições esta noite.
14.20h: secar as botas num restaurante com vinte motociclistas.
15.10h: roubar laranjas na berma da estrada e pensar mais na economia; como há um consenso nas mais diferentes opiniões.
17h: acabei de ler o texto da Marta e foi um consolo para o coração. Aprendi com ela a chamar "queridas".
18.30h: chego a casa com a máquina fotografica e a cabeça cheias. Despejo tudo no computador.
19h: a Maria chega às 20h aos Domingos e eu quero cozinhar para ela.
20.30h: as superstições serão completadas e o texto melhor coordenado.
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