1 - Se algum dia encontrar o livro do William Morris da Antígona ler a página 136. É importante.- já encontraram?
2 - Sexta feira inaugura a exposição de Isabel Carvalho (pt) e Nicolas Robbio (ar), a Fundação de Serralves e talvez a Sonae apoiam, são os EMISSORES REUNIDOS, PRIMEIRO EPISÓDIO, na rua Cândido dos Reis, na antiga RDP.
3 - Cubo Mágico, é um cd original, mas gosto mais do original MdC.
E porquê? porque é original, inimitável, básico e desarmante na simplicidade.
4 -
Porto, 7 de Abril de 2004
Aos funcionários da RDP do Norte:
Os únicos locais onde se pode fumar são os corredores, as escadas e o bar. O abandono do posto de trabalho para fumar um cigarro em qualquer destes locais não pode ser justificação para prejudicar o serviço.
O Director
................
(assinatura)
5 - (como sabes eu nunca conto tudo.)
Monday, June 29, 2009
Monday, June 22, 2009
CALOR CÃO;
Estamos os dois doentes. Garganta e fígado. Nervos. Sensibilidade.
Apresentação:
Trabalho a)
um anti-bar; um bar-cultura;
Trabalho b)
frenesim textil;
Trabalho c)
Relógio Capital.
No dia mais longo do ano andamos às voltas até pousar nos poveiros:
Se eu tivesse um carro e fosse dormir para a praia.
O que é que acontecia?
Desenvolvemos histórias particulares.
O meu processo de trabalho é um empurrão político que muitas vezes eu não controlo ao ponto de me sentir confortável.
Chorar liberta os poléns contidos nos vasos respiratórios.
Estamos os dois doentes. Garganta e fígado. Nervos. Sensibilidade.
Apresentação:
Trabalho a)
um anti-bar; um bar-cultura;
Trabalho b)
frenesim textil;
Trabalho c)
Relógio Capital.
No dia mais longo do ano andamos às voltas até pousar nos poveiros:
Se eu tivesse um carro e fosse dormir para a praia.
O que é que acontecia?
Desenvolvemos histórias particulares.
O meu processo de trabalho é um empurrão político que muitas vezes eu não controlo ao ponto de me sentir confortável.
Chorar liberta os poléns contidos nos vasos respiratórios.
Há muitas maneiras de ser um faquir.
Estava há mais de um mês à procura de um caracol. Anunciara publicamente ao meu círculo de conhecidos, que oferecia dinheiro como recompensa. Duas miúdas, que precisavam dele para comprar cerveja e blusas, estavam motivadas. Subitamente começou a chover, depois de dias em que a média de temperatura atingia os 35 graus, e fui eu mesma por esses pequenos canteiros à procura de encontrar um pequeno exemplar no meio da humidade. Trouxeram-me por fim um caracol vivo durante a noite, muito pequeno e feio. Com o caracol guardado num prato fundo, estava determinada a cumprir os meus objectivos - queria observá-lo. Nos últimos meses andava obcecada em entender o seu movimento e a sua original reprodução. Tinha acabado de o receber, e nem uma folha lhe tinha dado, quando me dei conta que não queria passar tempo nenhum com um caracol, nem desenvolver qualquer tipo de sentimento para com ele. Assim poderia impedir-me, desde logo, de o esmagar por negligência. Como se tratava de um animal e não partilhávamos a mesma linguagem, era fácil mudar de objectivos sem que ele se incomodasse. Assim foi despejado na rua sem lhe ser dada qualquer justificação.
Mas afinal porque me interessou encontrar caracóis? Para observar o seu movimento e entender a sua reprodução. Os observadores de caracóis são excelentes exemplos de duas importantes actividades: a contemplação e a introspecção. O exercício de ambas é, na opinião dos seus praticantes, muito gratificante, e traz bons frutos a quem a elas se predispõe. Entender a sua reprodução serviria para um outro fim. É sabido que o caracol é um hermafrodita, no qual os dois órgãos sexuais coexistem, e é por isso capaz de se reproduzir sozinho, o que evidencia a sua autonomia pessoal. É ainda curioso notar que põe o ovos por um orifício na cabeça, perto dos ouvidos.
Do caracol ficaram somente os rastos de baba em cima do prato e eram estes que agora me interessavam mais. Ao vê-los, entendi que a aprendizagem podia chegar através deste resquício e na ausência do seu protagonista. As linhas, mais grossas que as de um lápis, mas mais finas que um pastel, formavam um desenho extremamente delicado, que separava grandes formas brancas. Revelou-se então a razão do meu desejo de querer ser todas as coisas que não sou e principalmente as que desconheço. As linhas apontavam para isso e eu entendi que também seguia entre grandes formas brancas, querendo ser tudo na minha passagem. O que se verifica positivamente um em mil casos semelhantes, pois normalmente quando não se é uma forma branca é-se outra forma qualquer, mas, ainda assim, branca. No meu caso, eu prescindi de ser forma branca, para ser linha, como a pasta que cobre as fendas nas paredes, como a lama e as ervas que entopem os caminhos num campo bravio e como pontes entre as montanhas.. Antes nunca valorizara a possibilidade de estar-entre como potencial de possibilidades, e só apenas às custas do caracol me dei conta desse privilégio. E isto significa estar à margem a toda a força? Certamente.
Mas afinal porque me interessou encontrar caracóis? Para observar o seu movimento e entender a sua reprodução. Os observadores de caracóis são excelentes exemplos de duas importantes actividades: a contemplação e a introspecção. O exercício de ambas é, na opinião dos seus praticantes, muito gratificante, e traz bons frutos a quem a elas se predispõe. Entender a sua reprodução serviria para um outro fim. É sabido que o caracol é um hermafrodita, no qual os dois órgãos sexuais coexistem, e é por isso capaz de se reproduzir sozinho, o que evidencia a sua autonomia pessoal. É ainda curioso notar que põe o ovos por um orifício na cabeça, perto dos ouvidos.
Do caracol ficaram somente os rastos de baba em cima do prato e eram estes que agora me interessavam mais. Ao vê-los, entendi que a aprendizagem podia chegar através deste resquício e na ausência do seu protagonista. As linhas, mais grossas que as de um lápis, mas mais finas que um pastel, formavam um desenho extremamente delicado, que separava grandes formas brancas. Revelou-se então a razão do meu desejo de querer ser todas as coisas que não sou e principalmente as que desconheço. As linhas apontavam para isso e eu entendi que também seguia entre grandes formas brancas, querendo ser tudo na minha passagem. O que se verifica positivamente um em mil casos semelhantes, pois normalmente quando não se é uma forma branca é-se outra forma qualquer, mas, ainda assim, branca. No meu caso, eu prescindi de ser forma branca, para ser linha, como a pasta que cobre as fendas nas paredes, como a lama e as ervas que entopem os caminhos num campo bravio e como pontes entre as montanhas.. Antes nunca valorizara a possibilidade de estar-entre como potencial de possibilidades, e só apenas às custas do caracol me dei conta desse privilégio. E isto significa estar à margem a toda a força? Certamente.
Post de Descanso, como nas bicicletas:
Quando começares a falar de chuva de sol é melhor avisares para eu saber que já não tens juízo;
O cuco corta as horas a fumar um cachimbo - (resposta de aluna a um novo exercício);
Espetei uma seta na testa no centro da sala da guerra colonial - à rua dos combatentes;
K, como roubei o nome e como me foi concedido esse previlégio;
Safar-me-ei se continuar a ler a MGL;
Combater
Quando começares a falar de chuva de sol é melhor avisares para eu saber que já não tens juízo;
O cuco corta as horas a fumar um cachimbo - (resposta de aluna a um novo exercício);
Espetei uma seta na testa no centro da sala da guerra colonial - à rua dos combatentes;
K, como roubei o nome e como me foi concedido esse previlégio;
Safar-me-ei se continuar a ler a MGL;
Combater
Friday, June 19, 2009
qué onda bandera!!!!
Mi amiga y yo queremos hacer una invitación para que voten por nosotras para realizar un performance cósmico en la pirámide del sol en la ciudad de los dioses (Tenochtitlán) en México. Todo/ toda el que quiera participar se unirá al performance, juntos/juntas con nuestra energía por un mundo mejor. Invitaremos a danzantes aztecas, mahories, africanas etc., todas aquellas culturas que invoquen una relación directa entre la humanidad y el universo. El Performance cósmico lo hacemos entre toda la gente. Además el mejor comentario se va con nosotras a México con todos los gastos pagados!!!!
Gracias y ojalá voten para hacer realidad éste proyecto. También envíenselo a todos sus contactos para que también nos voten.....Un beso y gracias, Li Zompantli
Tuesday, June 16, 2009
Sunday, June 14, 2009
João, o teu texto existe por si mesmo, exterior ao que soubeste mais tarde.
Foi assim que o entendi e por isso o captei para aqui. A exposição não é no Museu, é na baixa do Porto, mas é financiado pelo Museu. Como disse anteriormente “7. E sim, trabalhei e trabalharei para este Museu, sempre que acreditar no projecto. E recusarei quando for caso disso. Por uma razão: acredito que é possível fazer trabalho tendo uma perspectiva crítica. E, além do mais, trabalharei em qualquer lado desde que a minha liberdade de pensamento e discussão não seja posta em causa.”
Foi assim que o entendi e por isso o captei para aqui. A exposição não é no Museu, é na baixa do Porto, mas é financiado pelo Museu. Como disse anteriormente “7. E sim, trabalhei e trabalharei para este Museu, sempre que acreditar no projecto. E recusarei quando for caso disso. Por uma razão: acredito que é possível fazer trabalho tendo uma perspectiva crítica. E, além do mais, trabalharei em qualquer lado desde que a minha liberdade de pensamento e discussão não seja posta em causa.”
O MAIS IMPORTANTE É SABER CONSTRUIR IDEIAS CLARAS
1. Apoio o que merece o meu interesse. Não apoio em grupo porque não tolero controle.
2. Não vi o programa e passei alguns dias sem vir ao blog. Mas nada do que me contaram sobre o programa me surpreendeu.
3. Tive medo de estragar a semana. Atitude provavelmente reprovável (a pensar), mas às vezes preciso de não estar e de não saber.
4. Tenho sentido coisas muito boas e outras muito más por contraste.
(É como quando se tem uma boa experiência que desvaloriza todas as anteriores.)
As decisões não são tão fáceis de fazer como pensei durante anos.
Porque não é como na ciência que se dá um nome a uma coisa, e o nome corresponde à coisa; é antes como na literatura que se procuram palavras para coisas.
As decisões são individuais e partilháveis, e devem ser medidas em meditação.
Hoje é o concerto do/a G.P.Orridge ESSA DISCIPLINA QUE É A RIGOROSA, A UNICA, A PESSOAL.
2. Não vi o programa e passei alguns dias sem vir ao blog. Mas nada do que me contaram sobre o programa me surpreendeu.
3. Tive medo de estragar a semana. Atitude provavelmente reprovável (a pensar), mas às vezes preciso de não estar e de não saber.
4. Tenho sentido coisas muito boas e outras muito más por contraste.
(É como quando se tem uma boa experiência que desvaloriza todas as anteriores.)
As decisões não são tão fáceis de fazer como pensei durante anos.
Porque não é como na ciência que se dá um nome a uma coisa, e o nome corresponde à coisa; é antes como na literatura que se procuram palavras para coisas.
As decisões são individuais e partilháveis, e devem ser medidas em meditação.
Hoje é o concerto do/a G.P.Orridge ESSA DISCIPLINA QUE É A RIGOROSA, A UNICA, A PESSOAL.
Is this clock made of marble? (jam / EUROSOM)
My watch is made of gold
Sentei-me quando ia o programa a meio. Estava a fazer um poster. Se me lembro, questionou-se o modo como a arquitectura portuense, e exposições de artistas internacionais, influenciam, ou não, o trabalho dos artistas de cá (!!!) o que é o mesmo que perguntar se a arquitectura praticada por exemplo no C.C. Bom Sucesso, no Centro Comercial Bombarda influencia de alguma forma o trabalho do agricultor, do alfaite, ou do merceeiro. É óbvio que a resposta a essa questão leva muito tempo a ser construída para que tenha algum interesse. Melhor mesmo, só reformular a questão.
Questionou-se a queixa (Quem não chora não mama, dizem os stickers) feita por alguns artistas e comissários meus amigos e conhecidos de que Serralves deve trabalho com artistas locais.
Foi na resposta a esta pergunta que algo deveras insólito foi dito. Não tanto no discurso do director do Museu, mas mais na conversa do artista plástico que ombreava com ele, Fernando José Pereira. Para espanto meu (se bem percebi a resposta fugidia) este artista julga que não faz grande sentido que a nova geração seja apoiada pelo museu "até porque têm interesses comerciais"!!! Ele que já por lá passou, admitiu depois... que "-Dá jeito passar por lá..." Gostava de ver esta dicotomia fundamentada. É bom para mim, mas para os outros já não faz sentido?
É isso??
Vender arte enquanto se é jovem é o mesmo que vender fruta e roupa enquanto se é jovem. Mais do que legítimo, devia ser normal. É que sabemos... dá jeito.
Sentei-me quando ia o programa a meio. Estava a fazer um poster. Se me lembro, questionou-se o modo como a arquitectura portuense, e exposições de artistas internacionais, influenciam, ou não, o trabalho dos artistas de cá (!!!) o que é o mesmo que perguntar se a arquitectura praticada por exemplo no C.C. Bom Sucesso, no Centro Comercial Bombarda influencia de alguma forma o trabalho do agricultor, do alfaite, ou do merceeiro. É óbvio que a resposta a essa questão leva muito tempo a ser construída para que tenha algum interesse. Melhor mesmo, só reformular a questão.
Questionou-se a queixa (Quem não chora não mama, dizem os stickers) feita por alguns artistas e comissários meus amigos e conhecidos de que Serralves deve trabalho com artistas locais.
Foi na resposta a esta pergunta que algo deveras insólito foi dito. Não tanto no discurso do director do Museu, mas mais na conversa do artista plástico que ombreava com ele, Fernando José Pereira. Para espanto meu (se bem percebi a resposta fugidia) este artista julga que não faz grande sentido que a nova geração seja apoiada pelo museu "até porque têm interesses comerciais"!!! Ele que já por lá passou, admitiu depois... que "-Dá jeito passar por lá..." Gostava de ver esta dicotomia fundamentada. É bom para mim, mas para os outros já não faz sentido?
É isso??
Vender arte enquanto se é jovem é o mesmo que vender fruta e roupa enquanto se é jovem. Mais do que legítimo, devia ser normal. É que sabemos... dá jeito.
Tuesday, June 09, 2009
Sunday, June 07, 2009
ALUGUER
1, há dias que dá vontade de não ir mais à Padouro, mas é económico e como "dizes-me o que comes, eu digo o que pensas" - foi (também)o Luis Pacheco que disse isto a propósito da esquisita economia do artista -, a Padouro é o sítio do pequeno almoço por ser o mais barato desta colina;
2, três caracois metidos num recipiente de plástico à minha espera, com boas condições de humidade;
3, quarta-feira chega Clare e sub-aluguei o quarto da Bronté.
4, tenho um outro quarto para alugar a partir de Julho, até ao final do verão ou para continuar;
5, aluguer simpático, com amizade.
2, três caracois metidos num recipiente de plástico à minha espera, com boas condições de humidade;
3, quarta-feira chega Clare e sub-aluguei o quarto da Bronté.
4, tenho um outro quarto para alugar a partir de Julho, até ao final do verão ou para continuar;
5, aluguer simpático, com amizade.
Wednesday, June 03, 2009
Madam Ming said...
Há museus que são diferentes.
O CCB também tem palhaços de vez em quando.
Faz-me sempre lembrar o dia em que o rei faz anos e abre as portas do palácio para receber os seus subditos. Mas como istonão é uma monarquia não sei, fico confusa.
Este por exemplo mostra a colecção permanente em dias de festa.
A semana passada estive num que tinha uma exposição permanente de arte nacional, outra de artistas no activo e outra internacional. Se calhar que as coisas são melhores e mais bonitas nos outros países é mesmo verdade.
Eu detesto palhaços.
7:37 AM
more palhaços doesn't mean more gargalhadas said...
pessoalmente achei este teu texto mais livre e forte que o anterior, relativo ao mesmo tema central. presumo que, desta vez, não fizeste o esforço em dizer o que pensas de forma menos marinho pinto. percebo os contextos, portanto aplaudo as diferenças.
concordo com a ana no que se refere à natureza dos museus. mas como essa natureza é produto humano, bem pode haver excepções. encontramo-las por toda a parte e até em serralves. uma vez uns amigos estrangeiros (estou confusa se brasileiros se norte-americanos) elogiaram o facto de se ver (e ouvir) grupos de crianças no museu de forma não para-militar (mas presumo que lhes tenham revistado os bolsos para lhes retirar toda e qualquer arma de arremesso de tinta). e eu não entendi esse reparo porque achei que em todo o lado fosse assim. mas, afinal, não é. (falta é saber se isso se deve à existência de condições naturais a serralves que permita esse relaxamento, se à natureza das criancinhas portuguesas que impossibilita qualquer policiamento.)
já me alonguei nesta aparte e agora tenho de não ir a serralves para ir almoçar a matosinhos.
que pena.
eu gosto de palhaços profissionais
3:51 AM
L said...
Sobre o papel e não papel dos museus no apoio aos artistas locais, digo-te o mesmo que no outro dia: "The Transformation of the Avant-Garde", da Diana Crane.
Museus a exporem mortos ou consagrados o catano... Não há é cá suficientes artistas de fibra que façam pressão e lutem pelos seus direitos perante o Museu!
Não fui à Festa, e apenas agora li o tal texto do Público, onde, sucintamente,- e que alegria!- somos todos chamados de palhaços. Ninguém responsabiliza o Sr. Director por nada?!?
10:04 AM
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