My watch is made of gold
Sentei-me quando ia o programa a meio. Estava a fazer um poster. Se me lembro, questionou-se o modo como a arquitectura portuense, e exposições de artistas internacionais, influenciam, ou não, o trabalho dos artistas de cá (!!!) o que é o mesmo que perguntar se a arquitectura praticada por exemplo no C.C. Bom Sucesso, no Centro Comercial Bombarda influencia de alguma forma o trabalho do agricultor, do alfaite, ou do merceeiro. É óbvio que a resposta a essa questão leva muito tempo a ser construída para que tenha algum interesse. Melhor mesmo, só reformular a questão.
Questionou-se a queixa (Quem não chora não mama, dizem os stickers) feita por alguns artistas e comissários meus amigos e conhecidos de que Serralves deve trabalho com artistas locais.
Foi na resposta a esta pergunta que algo deveras insólito foi dito. Não tanto no discurso do director do Museu, mas mais na conversa do artista plástico que ombreava com ele, Fernando José Pereira. Para espanto meu (se bem percebi a resposta fugidia) este artista julga que não faz grande sentido que a nova geração seja apoiada pelo museu "até porque têm interesses comerciais"!!! Ele que já por lá passou, admitiu depois... que "-Dá jeito passar por lá..." Gostava de ver esta dicotomia fundamentada. É bom para mim, mas para os outros já não faz sentido?
É isso??
Vender arte enquanto se é jovem é o mesmo que vender fruta e roupa enquanto se é jovem. Mais do que legítimo, devia ser normal. É que sabemos... dá jeito.
Sunday, June 14, 2009
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1 comment:
P.S.: depois de escrever este texto, percebi que vais habitar uma anexo de Serralves... Não sei que diga. É bom ou mau? Diz-me tu que ainda não vi a sala. É perto? A casa essa conheço, e fica longe. O meu relógio é feito de muitos materiais diferentes, e surpesa das surpresas: anda para a frente. Espero chegar a tempo.
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