Entre hoje e amanhã posto aqui uma série de apontamentos sobre o que está/vai acontecer.
A revista voca será lançada na sexta-feira, dia 4, às 22h - apareçam!
Ao meu texto faltam os espaços entre os paragrafos, sem eles não há respiros nem suspiros!
Monday, June 30, 2008
Sunday, June 29, 2008
Saturday, June 28, 2008
NÃO HÁ TALENTOS DESPERCDIÇADOS...
Partiu-se o theremin e o lucro sobrante foi para comprar uma chave inglesa. A economia é complicada e ninguém lhe sabe como pegar - a do artista é bem pior e neste momento é o assunto dominante (é bom sinal!). O mealheiro era para ser distribuído por todos. E antes disso para o aluguer do material de som. Mas a generosidade mais uma vez permitiu ultrapassar este obstáculo. As outras recompensas, bem mais importantes, afectivas e tal, têm o seu espaço, mas não há umas sem as outras, porque de outra maneira não se pensa - se ainda há necessidades para comprar o bilhete de metro. O que foi conseguido foi pouco (mas alguém pagou entrada?) mas acabou por ser bem atribuído. Receio bem que o theremin tenha uma reparação cara e para muita pena minha (e vergonha porque o meu acto com a Sílvia não aconteceu) não chegou a ser usado. Voltando á economia, aprende-se economia quando menos se espera, por exemplo na “neveiros” a comer gelados. O artista tem que ser pago – é o que me ocorre.
As participações espontâneas preencheram a noite de ontem com mais brilho do que era esperado. Não faltaram os policias para fetichistas que acham que isto tem mais piada se der bronca - para os das fardas, também ficaram bem servidos. A festa continuou com o Fox Trot e não se perdeu nada deste festival porque o Alberto da casa em frente foi igualmente generoso e sincero e ajudou-nos a fazer mudanças. O Solo Combo ainda tem cds à venda que valem mesmo a pena. O aluno Erasmus foi a casa buscar o material com o qual andou abraçado toda a noite – será que voltará para o próximo festival, foi o que ele prometeu fazer. Vou ao concerto dos Calhau esta noite porque o cordão umbilical não deixa de crescer e eu tenho muita vontade de alimentá-lo.
Wednesday, June 25, 2008
Tuesday, June 24, 2008
Monday, June 23, 2008
FESTIVAL SINCERO 23h dia 27.06.08 – Rua Conde de Vizela, 95, Porto
O Festival Sincero começou por ser uma festa de Natal e desenvolveu-se mais tarde num projecto maior de ocupação temporária de um espaço onde um conjunto de demonstrações de talento aconteceram.
Ao ritmo da cidade e ao vento quente do verão, terá lugar a terceira edição deste festival numa cave/loja do centro do Porto entre os Clérigos e a Avenida. O espaço a ser ocupado será o recinto fechado e a própria rua – o único limite será o palco e o tempo que pertencerá ao participante. Participações espontâneas, por entusiasmo do público, poderão acontecer após o tempo dedicado a cada participante agendado. Participações discretas e sinceras serão bem vindas e integradas no Festival, basta fazer uma inscrição no Bar. Não há lugares sentados e a “entrada” custa 0.50 cêntimos que deverão ser oferecidos generosamente ao festival. Pode-se fumar, serão vendidas bebidas e material promocional de cada participante.
Se o metal das moedas pesar e não der jeito ter 0.50 cêntimos na mão ou uns trocos a mais, levar bebidas para o bar.
Saturday, June 21, 2008
Friday, June 20, 2008
GET HARD LIGHTNING FAST
0. Quase em férias - saxofone lá fora; o quarto tem que ser esvaziado outra vez.
1. "Good evening.", 24 episódios X2, 15 dias, tarararara..tararara (Charles Gounod, Funeral March of a Marionette), é sinal que tenho que sair daqui porque estou com vontade de conhecimento. Os bons designios divinos deviam enviar-me para muito longe durante o próximo mês.
2. ACCEPT AND ENJOY (s pam)
3. I CAN'T STAND MYSELF: james chance
4. O festival começa às 23h. Atenção, não descolar cartazes da rua!
1. "Good evening.", 24 episódios X2, 15 dias, tarararara..tararara (Charles Gounod, Funeral March of a Marionette), é sinal que tenho que sair daqui porque estou com vontade de conhecimento. Os bons designios divinos deviam enviar-me para muito longe durante o próximo mês.
2. ACCEPT AND ENJOY (s pam)
3. I CAN'T STAND MYSELF: james chance
4. O festival começa às 23h. Atenção, não descolar cartazes da rua!
Thursday, June 19, 2008
POST ATRASADO SOBRE SPA M
Julga-se que o Spa m completa este ano o seu trigésimo aniversário. A primeira mensagem foi enviada massivamente por um sistema já muito próximo à internet perto do ano de 1978. Daí em diante as mensagens enviadas multiplicaram-se e tornaram-se cada vez mais complexas e diversificadas, quer pelos conteúdos e objectivos (nem sempre foram tão comerciais quanto agora: “Help me”, “Anti-war message: there is no way to peace. Peace is the way”, “Make Money fast”, etc) quer pelos procedimentos de trespasse de barreiras de filtragem. O Spa m é desde o início incomodativo pela insistência com que é reproduzido. As mensagens Spa m são os vendedores à porta de casa a vender enciclopédias ou uma mensagem de esperança a serviço de uma seita: ou se convida a entrar ou se mandam embora. As mensagens Spa m são abusivas e indesejáveis (quando entram sem permissão e bloqueiam a caixa de endereço), mas pode-se reconhecer algum interesse literário – no caso dos vendedores, quando se adivinha que numa tarde ocupada, abrir a porta pode ser uma boa oportunidade para conversar e encontrar sentido onde aparentemente não havia.
Wednesday, June 18, 2008
Tuesday, June 17, 2008
1. Decidi fazer mais um cartaz com todos os projectos do festival – há mais dois, pelo menos – e enquanto procurava uma imagem de uma pedra cheguei a esta imagem das slits. O material gráfico para a área da música é realmente muito bom, há imensos cartazes, vinis, páginas myspaces, etc, de grande qualidade (hum! Não, não estou a promover nenhuma exposição é só coincidência!). Muitas vezes são usadas ideias muito simples que funcionam. Voltando ao cartaz, uma vez que a Sílvia me deu animo vou partir tudo com o meu novo cartaz (hehehe). Se calhar até podia pintá-lo numa tela ou fazer um mural ou, então, aumento-o para um A0 em fotocópia que é mais fácil.
2. A propósito de hoje ir entregar um desenho, começado em 2005 e finalizado agora, na semana passada, para a exposição Memorabilia, dei conta que a minha atitude mais constante é “pôr álcool na ferida”. Vá, mas o desenho não tem nada a ver com isso e até está bom.
EMAIL DA SILVIA
nao sei como expressar o quanto gostei dos teus cartazes. invadem-me de encanto, para nao revelar que roçam a provacaçao a alguma inveja que as vezes uso como forte ferrao envenenado contra os amigos que tenho mais apreço por fazerem coisas táo boas assim. por isso, adverto, cuidado com as tuas encantadoras provacaçoes.
in the meanwhile, vou fazendo um esforço para despir a minha timidez em modestos palcos do norte.
ainda nao posso confirmar se serei capaz ... ou se desmaiarei de panico momentos antes do enforcamento.
a expressao artistica sempre me assustou com o esse efeito aglutinador de fama e gloria, as well as critica e despair. penso que seja por isso, maus programas gravados no amago das minhas celulas .
... mas continuo a esforçar-me, e a investigar os mais eficazes quimicos no mercado para prevenir eventuais acidentes vasculares....cerebrais ou motores.
...oooooooooohh:
Nome do(s) autor(s) : desconhecido
Nome do projecto : desconhecido
Duração : desconhecido
e equipamento necessário : desconhecido
grande beijo de valor e apreço pela iniciativa.
Sunday, June 15, 2008
Tarde de domingo: arrumar o quarto vai demorar uma eternidade – não consigo. Tenho uma cama rasteira ao chão e uma cómoda com roupa ao monte. A cama tem um cobertor com um leão estendido e outro com padrão de pele de tigre. Sobre todo o chão tenho papeis sobre papeis, das aulas, fotocopias de imagens e cartazes e lixo antigo.
O quarto é todo muito escuro e um dia, quando tiver muita vontade de voltar a fazer mudanças, faço uma descrição completa.
Os livros estão espalhados por todo o lado e estão lá, ou aqui, porque não os emprestei ao Ângelo.
Tenho para a ler ou a meio:
“Utopia Matters”, da Universidade do Porto;; “O Tempo Aprazado” da Ingeborg Bachmann;; “Na casa de Julho e Agosto”, Maria Gabriela Llansol;; “Eros Unbound”, Anais Nin;; “A short Story of Performance”, catálogo da Whitechapel;; “Uma grande razão” de Cesariny;; “O livro das comunidades”, Maria Gabriela Llansol;; “Hombres”, Paul Verlaine;; “A confissão de uma jovem”, Marcel Proust ;; “Novembro” do Flaubert;; “Corto Malteze na Sibéria”;;”No Wave”
Thursday, June 12, 2008
1. Inibo-me (bato nas mãos) de escrever sobre as novas festividades da cidade que duram horas e horas, mas têm mesmo muita piada os comentários deixados no jornal online sobre o Gabriel versus o jogo. Um dia destes vou abrir um Museu com milhares de actividades, imensamente interessantes, para que este não seja o único a brilhar no escuro. É que este brilha pouco e até os pirilampos brilham mais do rabo.
2. “Lista de suplementos essenciais para um vida modesta”, LSEVM, foi o que muitos condutores na fila para as gasolineiras fizeram para se entreterem. Hoje já devem ter apagado tudo da cabeça com a borracha, afinal não lhes vai faltar nada. Acabou o pânico de não ter bio-bifidus-virtual-magro-aroma-limão-lava-dentes-e-emagrece-quando-come nas prateleiras. Até à próxima corrida. Depois, com tempo, na fila para o mesmo, acrescentarão a “Lista de actividades para menosprezar o consumo”, LAMC.
3. Auto-Hipnose para desfrutar da vida na cidade – “sítios onde se pague não entro!”
4. Troco receitas de refeições de 2.5euros (pão e sopa) por um pintor ou azulejos. Troco livros por patins.
5. Programa e calendário do Festival Sincero sai amanhã de tarde das mãos de todos os colaboradores! Um abraço e até breve.
Wednesday, June 11, 2008
Tuesday, June 10, 2008
Thursday, June 05, 2008
Sunday, June 01, 2008
Querido Peter Pan,
Sobre o assunto que falamos ontem ao telefone, eu sugeria que escrevesses um texto ou fizesses uma colagem, abrisses um espaço ou escrevesses uma música, organizasses um festival ou concebesses um manifesto. Faz independentemente de o saberes fazer: a qualidade não é prioritária. Não precisas de ser muito talentoso, precisas só de acreditar na importância do que fazes. Fora da escola é necessário que esqueças praticamente todos os limites que te impuseram. Esquece o pior da educação que tiveste, procura as tuas referências pessoais e culturais – vais reparar que o mundo é maior do que tu pensavas. Aluga um quarto ou um atelier onde possas dormir e colocar as tuas coisas. Precisas de uma grande cama, pois se acaso tens pouco espaço, sempre podes usá-la como estirador. Decora o teu quarto de forma a que fique carregado de tralha informativa. Ou então, não, deixa as paredes brancas e o espaço neutro para que penses melhor e não te distraias. Alimenta-te o suficiente e bebe o suficiente. Tenta consumir o menos possível e poupa o “papel”, terás gastos certos aos quais não podes fugir. Para te alimentares procura quintais - os canteiros camarários podem ser cultivados se ninguém se der conta. Os teus rendimentos deverão ser canalizados para o que te realmente essencial: produzir e conhecer. Se tiveres que roubar, lembra-te que podes ser roubado de seguida – se isso não te preocupar fá-lo descaradamente. Uma conduta ecológica, mais ou menos esclarecida (super-esclarecida pode levar-te a uma militância excessiva), ajudar-te-á a sentires-te melhor. Nem aqui deves ceder a ideias impostas, deves seguir o que achas que é correcto, se o fizeres estarás bem contigo e com o resto do mundo. A roupa que vestes deve ser rigorosamente escolhida – o conflito visual pode trazer sérios inconvenientes e distrair a atenção do que és. Um estilo sóbrio pode ser mais eficaz que a provocação flácida do feio e do descontraído e o aproveitamento de um estilo já conhecido e batido mais apropriado que honesto pode ter conotações que não te interessem - se apertares o ultimo botão da camisa branca ficas com melhor aspecto. Sai sozinho sabendo que terás sempre companhia – não há ninguém de menor importância, terás sempre algo a dar e a receber. Cuida dos teus amigos e coloca-os como prioridade, sabendo que estarás melhor com eles quanto melhor estiveres contigo. Com os teus amigos deves partilhar ideias e interesses – não te assustes, a discussão e o confronto são momentos essenciais. A partilha é a sustentação do que fazes. Quantos mais amigos envolveres, maior é a recompensa, porque acima de tudo esta é afectiva. Se os teus amigos forem desconhecidos simpatizantes do que fazes, estás no caminho certo e deves-te orientar por aí. Oferece com regularidade prendas a quem gostas – se te sentes satisfeito com o que fazes e se é verdadeiro essa é a maior prenda que podes dar. Se num momento de euforia te apetecer, oferece tudo o que tens e começa do zero. Não vale a pena ficares com tudo para ti – para quê? Fundamenta-te através de ideias claras e bem organizadas – a falta de argumentos torna-te mais um, com relevância menor. Sente paixão por tudo o que te interesse e defende as tuas paixões com veemência. Se te disserem que vives acelerado, se assim for, acredita que é um elogio – já poucos o fazem. Se por acaso pensares no dia a seguir, nas compensações de tudo o que és e fazes, pensa a curto prazo ou seja nos dois dias que se seguem. A antecipação do futuro poderá tornar-se num bloqueio. Aspira pouco e respira muito. Quando fizeres algo realmente relevante nem vais dar conta - porque será sincero e verdadeiro e acontecerá no momento em que estiveres totalmente sozinho, sem nada a ganhar ou a perder. Talvez seja o tempo que te vai dizer o que valeu a pena. Se por acaso, descobrires que és uma rapariga, concentra-te.
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