Thursday, October 30, 2008

Reunião de Ouija, Chesterton e pés quentes.

Tuesday, October 28, 2008

There is a Policeman Inside All Our Heads

1. Os alimentos e as descobertas incríveis dos homens que trabalham nas covas!
2. A inacreditável experiência humana e a vida na selva (o devorante e o devorado).
3. As surpreendentes alegrias terrestres.
4. Os caldos oceanos.
5. Os corais.

Sunday, October 26, 2008
























Saturday, October 25, 2008

Thursday, October 23, 2008

Não tenho. Dinheiro. Para livros. Alguém me empresta algum livro que tenha do Gary Snyder?

Coisas que cairam da minha carteira:
Limpar a carteira

- Quartéis abandonados
- Some Thames...
- Water in Milk
- Close-ups
- +bonita
- Biblioteca
- Karate para cegos é mais estratégico
- Um quarto é menos que uma casa
- Torradeiras são material eléctrico
- Que Centro Cultural?
- Generalização de Correntes
- São números de pessoas
- Falar sobre o TPC
- Dar continuidade ao que foi feito
- Corrigienda
- Aberrations
- Folkert de Jong
- Coubert
- Close-ups
- Stereo-porno

Mas há mais.

Wednesday, October 22, 2008



Tuesday, October 21, 2008

. É quarta-feira e é Outubro, meio do mês para o final. O que é que falta fazer e o que é que não fiz até chegar aqui?

. Vocação preferida, escritos sobre fantasmas para os espantar.

. Nunca acertam na cama ou no colchão quando fazem entregas.

. As camas com ferrugem por regra não fazem barulho.

. Faço compras depois de lavar a tigela dos gatos.

. O terceiro gato é um enorme compromisso.

. O JAM não deve tomar algumas verdades como ensinamentos e vice-versa. É o que eu faço.

. E é destas coisas bizarras que escrevo por aí, estão outras escondidas que só as vê quem quer – nem sequer são segredo.

Sunday, October 19, 2008

Saturday, October 18, 2008

1.
O mundo vale pelos extremos e dura só pelos meios
E continua assim:
“Vale pelos mais radicais e não dura mais do que pelos moderados”
P. Valéry

2.
Não sei o que isto (te) poderá parecer, mas dava o dedo indicador, que tanto espeta, para ir ao Brasil.

3.
A ambiguidade. Haverá certeza maior?

Thursday, October 16, 2008

TALVEZ NÃO TENHA NENHUM PROBLEMA É UMA QUESTÃO DE TEMPO


IF YOU KNOW WHO YOU ARE THEN IT'S EASY TO MAKE ART. MOST PEOPLE ARE REALLY CONCERNED ABOUT THEIR IMAGE. ARTISTS HAVE ALLOWED THEMSELVES TO BE BOXED IN BY SAYING "YES" ALL THE TIME BECAUSE THEY WANT TO BE SEEN, AND THEY SHOULD BE SAYING "NO." I DO MY STREET ART MAINLY TO KEEP ROOTED IN THAT "WHO I AM." BECAUSE THE ONLY THING THAT'S REALLY GOING ON IS IN THE STREET; THAT'S WHERE SOMETHING IS REALLY HAPPENING. IT ISN'T HAPPENING IN THESE GALLERIES.
imagem: Bliz-ard Ball Sale

O SOCIAL




1. Quando se fala no Museu, é costume dizerem-me que estou a analisar segundo o ponto de vista da artista. Exacto - penso eu – que outro ponto de localização seria possível para mim? Não é o mesmo da socióloga, da economista, da crítica, da rapariga que visita o Museu de quando em vez e por aí fora, é o meu. E é claro que o meu não é neutro. Isto faz-me sentir bem.

2. Depois dizem-me que eu não tenho razão. Em menos de dez minutos: “Pensando melhor, entendo que tenhas essa opinião!”

3. Meia hora depois perguntam-me: “já escreveste sobre isso? gostava de ler”

4. No outro dia disseram-me, à esquina da rua x, que se devia pedir uma indemnização ao Estado por incapacidade em manter os seus cidadãos devidamente educados.

5. Eu perguntei, “qual será a melhor altura para meter os papeis?”

Tuesday, October 14, 2008

textos que vertem água
e não digo mais nada -
beber sais minerais não ajuda

(reexperience sameness)

Victor - Tupitsyn *****

Monday, October 13, 2008

Sunday, October 12, 2008

//sos//

São três da tarde, somos sete sentados numa cama muito grande a comer bolos e a beber café. O meu irmão apanhou o avião hoje de manhã – só decidiu ontem à noite – e vai passar aqui uma semana. Eu entretenho o meu pai com histórias das urgências. Ninguém tem medo – parto eu do principio. E o meu pai diz: “saiu-te este sítio! Melhor que os sítios por onde andas à noite”. Já não estávamos de acordo há muito tempo. E ele continua: “antes havia um repórter nos hospitais que contava histórias sérias e foi assim que soubemos que o X tinha morrido, estava lá a fotografia dele e da rua”. Eu até tinha pegado num livro para ler, mas passei horas a ouvir as paredes com as portas de correr, a pensar que devir embora (mas qual é a “dimensão” disto?) e o resto a ver gente amarela.

Wednesday, October 08, 2008

THE END IS AT HAND

Era uma vez uma extraordinária excursão de Ss que seguia até um terra habitada por As. Os Ss eram educados, bem informados, tecnologicamente mais avançados, higienizados, atléticos e com espírito curioso. Os As viviam no mesmo sítio há milénios e estavam imobilizados por serem e possuírem menos de metade das características dos Ss (tinham outras). Quando os Ss chegaram tomaram conta de uma parte considerável da terra e construíram uma enorme tenda com um esquema muito eficaz de auto-suficiência – estavam asseguradas as necessidades básicas de sobrevivência, tais como os mais fúteis desejos e caprichos, sem que para isso fosse necessário o envolvimento com o exterior. Certo dia, a filha de um dos grandes Ss acorda sobressaltada com medo: “ há barulhos lá fora, esses animais, esses humanos, essas árvores, tudo range e faz barulho...e eu não entendo!”. No dia seguinte esse grande Ss convoca uma reunião de emergência: “antes que se instale o medo, temos que fazer alguma coisa, alguns dos presentes tem alguma ideia?”. A mesma criança, apavorada, que não sendo a única, era que conseguia expor o medo e, por isso, tentava encontrar a solução! “Chamem o Sss, que é filho de um A e de um S e que veio connosco e perguntem-lhe o que fazer”. Chamaram o Sss. Este disse amanhã vou lá fora e vejo o que posso fazer embora eu não me sinto mais A que S...”

Sss sai e espera não ser reconhecido, no entanto, depara-se com o olhar atento de um A, que por acaso é um Aaa que nasceu na terra. Igualmente, nem A, nem S tal como Sss. Sss diz: “podes-me me dizer como te sentes no teu papel? E o que fazes?”

Aaa, não defende a terra, não defende os As, defende-se a si mesmo.
Mas apaziguar o medo não é com ele.

E diz: “Estender tendas de campanha de ensino e evangelização, oferecer bolos e esferográficas, cobrir-nos com tecidos não resolve...”; “Levares-nos à tua tenda para beber chá, sabermos que tens brilho, luxo e excedentes, também não!”
“Em ambas reconheceríamos que és bom e talvez superior. Para nada isso nos serve”

Aaa também não reconhece hierarquias embora seja um curioso.

O mistérios do apaziguamento têm solução.
Nem que seja com um encolher de ombros.
1.
A quantidade de postais que começam por:
eu não sei o que te escrever;
eu ia escrever uma carta, mas não consigo;
é uma pena que as férias acabem;
no início isto tinha piada;
desculpa, mas;

2.
O meu cabelo está formatado para ter franja e está preso.
Sempre quis mudar este formato, mas o cabelo tem design e, por vezes, é difícil mexer em design deste – ainda por cima natural.
Hoje percebi que toda a gente tem esse mesmo problema, não pode mudar de risca, nem de formato, facilmente.
3.
Os livros em segunda mão:
O Comunismo
O Marxismo
O Evangelho
A vida espiritual
A vida de Cristo
Memórias de uma libertina
Vénus das peles
Conheça a sua vida sexual
O Prémio
A Família Forsyte
Ben Hur
A enciclopédia juvenil
A electricidade
O demónio do capitalismo

4.
Isto somos nós: cristão, comunistas, espiritualistas, hiper-sensuaalistas, fur-freaks, espertalhões da técnica de mudar lâmpadas e vivemos a saga Forsyte.
5.
Os nossos livros de hoje, numa prateleira daqui a uns anos, o que vamos dizer de nós?
6.
Os livros em segunda mão estrangeiros são franceses. Mas nós – quase - não lemos francês.
7.
Os emigrantes e os turistas arriscam a sair do País e enviam postais. Portanto, distinguem-se os que ficam e os que vão. Os que vão enviam mais postais. E para a Barbearia Apolo, aqui no porto, foi um postal de Leninegrado.
8.
E um postal nunca enviado é pior que um a dizer que não se quer dizer nada porque não se consegue - quem está fora experimenta muitas vezes isso, falha a voz e já não se telefona, falha a mão que não quer escrever. E um postal da casa, da piscina, da prancha, da Esther Williams, a não dizer nada?
9.
E um tipo de óculos escuros, muito bom aspecto, mão atrás da cabeça, dentro de um mapa de Portugal? Estávamos em 1986.
É um convite guardado entre muitos outros convites para exposições – no Porto, em Braga, raros sãos os que vêem de Lisboa e alguns até da Alemanha e Brasil.
Trouxe alguns. Queria recuperar – eu quando me perco nestes cantos com cheiro a leite podre é para recuperar qualquer coisa. Aqui era para ver se ganhava uns anos de arte. Estava ver se enganava o tempo e se via mais para além dos meus limites de idade.
De qualquer maneira, eu conheço este tipo com pinta.
E fiquei mais tempo a olhar e a admirar como ele era e como ficou a ser igualmente assim igual até hoje. Bem, só visto, mas não se arranja fotografia para já.
O Pedro Tudela devia ter bailado nos anos oitenta.
10.
“Portugal Emigrante”, ei, explica lá melhor?
11.
Encontrei postais com todas as barragens de Portugal – não vá o dia tece-las e calhar de fazer um trabalho sobre águas, mas eram mais cinco euros. Não se preocupe, desanomoro-me já.
12.
Pior é não fazer uma exposição chamada Portugal Emigrante.
13.
E os postais vêm do estrangeiro e dos emigrantes.
14.
A partir de hoje, o cabelo vai ser solto. Não é bonito, mas é comprido e claro e claro dá-me brilho.
15.
Por agora é tudo.
Há apenas a destacar que na peixaria, do peixe fresco, o único peixe que eu identifiquei foi a pescada e o salmão, fiquei com as cores de quem fica corado.
Com carinho e amizade, deste lindo, lindo sítio, com uma casa e um lago, um grande beijinhos, Isabel

Monday, October 06, 2008

Collection artistes de ce temps


Depois do texto sobre a burocracia, o senhor director das finanças retirou-me os benefícios e pôs-me num buraco;
Depois do texto da amizade falo com a minha amiga sobre assuntos que antes não falava;
Depois do texto das férias deixei de pensar em ir para aquele bungalow galego.

Sunday, October 05, 2008

1.
Elas estavam numa cabana.
À beira da praia.
Estavam perto do mar
Uma não falava.
Ficaram iguais.
2.
Ao domingo - ao teatro.
Antes era ás 16.30 da tarde.
3.
A Anabela já não é - para já - actriz.
4.
Não entendi porque não.

Thursday, October 02, 2008

- Eu estava numa cabana e disseram-me: não vais ter medo?
- Eu fui lá para a praia e sabes como é, estava cheia de medo;
- Eu estava lá e logo no primeiro dia só pensava que ia ter medo e liguei a alguns amigos;
- Aquilo fica perto do mar, sim, e assim no meio de nada e tinha medo;
- Eu tinha uma navalha;
- Liguei-lhe e disse-me para levar um machado também;
- Eu levei o machado;
- Fui a casa e peguei numa navalha, na minha;
- Sabes, isto não adianta de nada;
- Eu estava cheia de medo:
- Logo no primeiro dia, pensei: fogo estou mesmo bem;
- Mal cheguei já estava bem comigo mesma, sabes…?
- Sentia-me bem comigo mesma ali;
- Estava cheia de medo e no primeiro dia estava bem;
- Comigo mesma, sabes?