Friday, February 29, 2008

"Música genuína, angulosa e experimental mas com alguma experiência por vir. Gostei. Foram a primeira parte do espectáculo de Lydia Lunch que ocorreu na Zé dos Bois (ZDB) no passado dia 15 de Fevereiro."

Aqui

Thursday, February 28, 2008


Para ti que tantas vezes me cantaste esta música no banco de trás do carro, que fazes anos uma vez por cada quatro anos, que não aguentas mais o meu caril, que detestas pedacinhos de carvão, que tens um estilo bestial e que bebes gin ou cerveja green...parabens! Um dia destes subimos o Douro, prometo.
"""""abracinhos para o Mário

Wednesday, February 27, 2008

Great singers & nices voices, bad voices & good performers!




1. Antes de dormir lembro-me sempre de dizer: “obrigada” e “desculpa”. E às vezes: “foi sem querer”.

2. Voltei aos Caldeireiros. Alguns apontamentos: gostei muito da exposição e o melhor momento foi a única surpresa que tive (nas montanhas as noticias também chegam) - os sete minutos de leitura do texto da exposição; os “peixinhos da prata” são um asco, mas vamos ver o que comem durante o tempo da exposição, com esta experiência posso prever o tempo de duração dos meus próprios livros porque a minha casa tem sofrido uma praga destas criaturinhas; desta feita descobri o senhor que fez a bomba do teleférico, falta agora descobrir quem a roubou; quando vi uma senhora a espreitar lembrei-me que antes (em 2000, naquela mesma rua) havia uma grande abertura à rua, aos habitués da zona, a um público não especializado, mas à sua maneira interessado e curioso, local, que era sempre bem recebido; por último, acho que vou dar uma estrela à exposição por ter mais qualidade do que eu pensava e também porque o próprio artista pediu-me este favor.

3. Cão danado: o cigano que, cheio de charme, me vendeu um monte de tralhas, onde se inclui um chapéu de majorette e um aquário onde não cabe uma sardinha.

4. Bolas, que sorte! O meu blog é o melhor do universo. E para além do mais tem informação útil sobre arte & design.

Tuesday, February 26, 2008


Teorias da composição aplicadas a uma banda:
Três elementos compõem um todo - quando um sai, ficará o todo igual ao que era?
Ou deixará, porventura, de ser reconhecido como o todo original?
Não e Sim.
É verdade que quando um todo está equilibrado e perde uma parte, perde também o equilíbrio e pode mesmo deixar de ser reconhecido pelas mesmas características que o definiam no antes.

Se isto é verdade, eu confio na natureza para se adaptar à perda das partes e a reinventar-se. Ou seja, às perdas súbitas e às alterações mais inesperadas. Por exemplo: a perda de um pé humano ou um pé de mesa...
Nem o corpo deixa de ser corpo sem um pé, nem a mesa de ser mesa. O improviso é fundamental. O corpo e a mesa, ainda sendo os mesmos, só passam a ser diferentes das mesas e dos humanos comuns.

DIRECTOR DE MU%#"!$/SEU É TEMA DE BABYMETAL

O SR. DIRECTOR --- VERSÃO C)
(letra não terminada)
1.
No colégio as raparigas andam de saia
Tiram-na mais vezes que na praia

Os rapazes fumam no balneário
Dedos manchados amarelo canário

Todos fazem ruído
Atiram-se de frente contra o vidro

A escola é um inferno
Lá escorregas e dás uma terno

2.
O director lá da escola
Tem um casaco sem gola

É um homem de esquerda
Que não lamenta nenhuma perda

Prega o bem e o castigo
É autoritário por destino

Ouviu dizer que uma rapariga
Arranjou uma briga

3.
Saíram todos à sorte
Esqueceram-se da morte

Eram desordeiros mas fracos
Depois das aulas saiam de tacos

Para na escola nada mudar
Só mais uma rapariga a brigar

E uma outra para o sr. Director
Chamar a depor

4.
Se não houvesse ordem na escola
Iam todos pedir esmola

A carne amanhã é fraca
E no corpo deixa marca


Ela deixou escrito na parede andamos todos sem rede

E VOCÊS O QUE É QUE SÃO?

os meus amigos não são terroristas
os meus amigos não são terroristas
são talvez um grupo de artistas...
não fazem mal a uma mosca ou a pardal!
são de Portugal que é um sítio bestial!

Monday, February 25, 2008

PORQUE HÁ MUITA QUALIDADE NA FALTA DELA!

Na preparação da publicação do terceiro Braço de Ferro (ver links ao lado), e a propósito de uma conversa com a Xana, as minhas perguntas tornaram-se mais claras.
Porque não se fazem mais catálogos, registo e documento das exposições que vão acontecendo por aqui?
Porque é que não se investe mais neste meio?
Voltamos à invisibilidade do trabalho que anda a ser feito (e eu ainda me ralo com isto!).

A editora que mantenho com o Pedro Nora, tratará, a seu tempo e num ritmo muito próprio, de lançar para o mundo catálogos, publicações de artistas, livros-projecto, etc. Não tenho nenhum preconceito em fazer publicações apenas documentais e talvez até seja mais importante ir por aqui (dentro dos nossos limites financeiros, um catálogo até pode ser fotocopiado!) e finalmente começar a dar valor ao que se anda a fazer.

Sunday, February 24, 2008


No outro desenho - para mim o mais bonito - tenho pena que não se perceba a espada enterrada ao lado do rapaz sentado de costas para nós. Um Mighty Warrior. O humor do filme não me sai da cabeça.

TOO CUTE TO PUKE! #2!!



Directamente de Marrocos
Tatuagem & streaming
1. Depois de uma grande falha técnica (a exposição do AS, sem qualidades), seguiu-se outra, perdi uma grande performance no sábado à noite. Depois, fui directamente para um bar com um palco vermelho pequeníssimo ao fundo da área de convívio (ando a pensar em fazer um palco há anos e é tão simples!), o público da performance (que eu não vi) e os performers estavam lá todos.
Acabei por conhecer alguém que por destino tinha que conhecer. Por uma razão estranha: várias pessoas me tinham falado dele por causa do dente de ouro que tem, e porque me associam à Europa de leste acham que um brilhozinho daqueles na boca me ficaria bem.
Começamos a conversa por um sítio que não me lembro, chegamos ao streaming e depois a conversa foi fluindo. Falamos também sobre género fem/mas, neutro, ou infinito - acabamos por não querer concluir se estávamos de acordo ou não. Entre cigarros notei na orelha, tinha uma pinta, ou pequeno circulo, verde em cada orelha. Achei a coincidência de fora do espaço. As razões não coincidem, as tatuagens dele são marca identificativa de comunidade espiritual à qual pertence e a minha já se sabe o que é. O resto foi muito interessante, mas terminou cedo, revisitar o Hana Bi era necessário e fui para casa. Os desenhos e as pinturas.

2.Há uns meses valentes andava a escrever um “paper” sobre diversidade, genericamente falando, mas com aplicação a dado assunto(!). E hoje, para satisfação da minha curiosidade, prazer intelectual, regalo dos meus sentidos, alegre surpresa, espontaneamente um amigo próximo revela a sua preferência por raparigas estrábicas. Antes de colocar este post aqui preciso de encontrar alguma informação sobre o assunto. Parece que é uma preferência bastante conhecida e com explicações sérias.

3.A performance que eu falhei, antes de ter desenvolvido em direcção ao tal bar, manteve-se no mesmo sítio com duas disco-jokey com um tecno de qualidade. Mantenho esta superstição, tecno dá sorte. O salto para uma combustão imediata de uma dança espontânea (uch!) num pátio manhoso - nem os braços cruzados dos malandros nem os olhares dos preconceituosos me afastaram. O “dentinho de ouro”, que saiu para um jantar com umas amigas, foi um muito simpático e deu-me umas dicas para ultrapassar catástrofes (visualmente) gigantescas.

4.Ontem o meu pai arrancou do jornal um anúncio, pág. 33, que dizia “ Procura-se: Guitarrista+voz feminina, para banda com álbum já gravado”.
Aconteceu assim: “Pai, a banda acabou!”. “Pois, aqui tens o anúncio...”. Presságio ou quê?

5.Ir para as montanhas desenvenenar está bem, mas receber telefonemas às 5 da manhã é totalmente recusável. Passo. Fica para outra altura. Aliás, aventuro-me a ficar nas montanhas por mais uns dias. Aqui não chegam depressa as más noticias, os enganos nem os imbecis.

6.Volto mais tarde para não quebrar o ritmo.

Friday, February 22, 2008

Luis, nao pode ser!!!!!

"nao pode ser!! COME A CASPA COSPE A CASPA?? lolol eu gostei muito do vosso concerto! Quem és? nem sei se és minino ou minina: se estavas vestidinha de azulinho ou com calçoes minusculos e uma guitarra ou com calçoes minusculos e um computador lolol;) A serio, voces deviam ter material gravado.. como se chama a musica ao piano? Para mim foi a melhor do concerto"

TOO CUTE TO PUKE! A MELHOR RAZÃO PARA SE TER UMA BANDA ASSIM...SER DESAGRADÁVEL PARA UNS, OS HEROIS DE OUTROS!

"Espero que estejas a ser irónico/a. Caso contrário, vais-me perdoar a franqueza, mas que pena os Flanela de Tal serem perfeitamente intragáveis! E vamos ficar por aqui, que eu hoje até estou bem disposta..."

Thursday, February 21, 2008

SE JÁ CÁ ESTAVA - FAZIA FALTA VOLTAR, LIÇÕES DE ROCK #1!

TOO CUTE TO PUKE TOO CUTE TO PUKE TOO CUTE TO PUKE TOO CUTE TO PUKE

Wednesday, February 20, 2008

PICS OF THE CONC


Tuesday, February 19, 2008


1.Tudo para trás das costas! Li o “winter trees” entre solavancos no comboio em direcção ao centro do país. Chuva e nevoeiro ao entrar numa cidade fortificada – um dia completamente inesperado, principalmente porque me rendi à poesia. Falta saber se a falta de humor não me vai desencorajar. (Ainda apanhei boleia com o João Botelho a caminho de Coimbra B)
2.Pelo caminho passei por outra cidade onde estive duas vezes antes. Da primeira casei-me, na segunda deu-me uma volta à barriga e nunca mais nos encontramos.
3.À noite os desacatos de bairro levaram-me a procurar um táxi (entretanto apanhei boleia) junto ao Imperial. Olhei lá para dentro e a ideia de ver um Bolhão assim, transformado num lugar morto, fluorescente, com tipos de uniforme amarelo e gente horrorosa, deixou-me mal disposta. Lembro-me que se chegou a fazer alguma coisa na altura para impedir a “modernização” do café, mas depois, conformamo-nos todos. Vamos perder mais um espaço - o melhor é fazer barulho, a começar já. No balcão do Ceuta está lá o papelinho para a recolha das assinaturas.
4.Estou mesmo a precisar de uma exposição sem qualidades.
5.O avião da S está aqui!

Monday, February 18, 2008

1. No Sábado de manhã acordei com um conjunto de sonhos estranhos. Pela tarde foram analisados e parece-me que fiz um bom trabalho de limpeza durante a noite! Por isso, passei um fim de semana, pós-concerto, extremamente aliviada. Ao contrário do que eu pensava que ia acontecer.

2. Ah! Antes que alguém (do monte da penha) se antecipe a contar a novidade, “death valley” foi escrita por LL e o Thurston Moore num autocarro. E, pelo que foi contado (eu acredito), aqueles dois tinham um caso em marcha.

3. A Sílvia estava no avião que sofreu com um raio saído de uma tempestade. Eu tenho fotos para colocar aqui, mas entretanto ainda quero introduzir outras fotos. A S, que está enamorada do Yakop, pediu-me para dedicar uma musica ao seu amado. O Yakop gostou do fender tender! Quem não gosta? Com o piano ficou ainda melhor.

4. Ainda tenho um múltiplo (um cd) do trabalho apresentado no “MW in the attic” para vender. Contactem através do blog. Se ficar, compro-o para oferecer ao B.

5. A nossa música preferida para fazer uma cover é a do príncipe dos calhaus & pedras! (querida banda Calhau! Tive pena de não vos ter encontrado), “we are caught in a trap!” TRAP, TRAP, TRAP!

Sunday, February 17, 2008

DA VERA DE NY & UK

hey bela ...
era para te enviar umas fotos do concerto private surpresa dos Sonic Youth no show do Marc Jacobs ha uma semana em Nova York!!! ... uuufff e que surpresa!
para te acalmar os animos nervosos and get in confident tune with ya Kim G sozia ;-)
wish great great sick enjoyment!! eeeehhh :-D
i am also glad my enlightened husband will be the one enlightening you guys sensational momentssssssss. kick it!
Urssa hug .
ps . sorry didnt sen you birthday + christmas presents after all ... but to much business in once plus a never ending honey moon ...aaaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrrrgggggggggggghhhhhhhhh
adesusususususususus
__________________
hey ... bye tha way!!! tive uma ideia genial!... achas qu nao dava para lhe dedicares uma musica das vossas ao Yakop ... de mim!? ,,,, ooohhhh please so please!!!! ... i'll reward with anything you implore me.
era assim como uma presente do fated arrow the sao valentim!! ... é que estou longe , em londres nao vou poder estar com voces. ;-(
please isabel ... pago-te!! ... pago-te o que for preciso ... em guita em generos ...whatever...
nao achas grande ideia?
só tens que dedicar a musica mais romatica te tiverem ao Yakop ...diz que é: "da amada Silvia" .. foda-se era lindo ... ele esta a a fazer a luzes ... sei que ia amar ... e chorar até!! uuuff
.vá combinado esta bem.
i'll reward i'll reward!
wish all great sicknesss and Love musica offer to my ethernal liebe liebe liebe ... Yakop.
aaaaaaaaaaaaahhhh (sighs)

PURE PHILOSOPHY!

THIS IS FUCKEING INTENSE!



& lets kill Courtney!

1. Entre teorias da conspiração, fetiches por polícias, falsos documentários sobre corporações de bombeiros (é mais um exercício de humilhação dos que ela adora, é vê-los correr e dar provas de robustez física), histórias sobre conhaque e cocaína (bah! já foi tempo, agora a água e o café são os substitutos) – a Lydia tem uma voz lindíssima, uma segurança em palco invejável e fabrica histórias como ninguém.

2. Há dez anos atrás, no meu quarto, passava os dias a cantarolar a LL e a desenhar, mas eram canções meias juvenis e não spoken words (a cantar safa-se muito pior e não sou só eu que digo, mas também não faço denúncias)!

3. No meu aniversário (antes da passagem do milénio) a minha irmã disse-me que a LL seria para mim uma grande referência porque o Nuno (Cardoso) lhe tinha falado dela com muito entusiasmo. E acertou. Recebi um cd de presente e ficamos amicíssimas, eu e a LL. A grande surpresa é que eu nunca imaginei conhecê-la, nem me pareceu suposto (I don’t deserve it! I don’t!). Talvez por isso o convite para dar o concerto me parecesse tão natural (ao mesmo tempo tão irreal) e mais ainda conhecê-la – já para não falar que dormimos no quarto ao lado, trocamos dicas sobre ressacas de champanhe e que lhe recusei uma caixinha de tâmaras!
Foi destes doces episódios que os dois últimos dias foram feitos!

4. Tal como o Luís tinha avisado, o problema não era a partilha do palco, mas aguentar o público que queria ver a LL. Ora, depois da apatia do ensaio aberto ao público no Porto, no fim de semana anterior, acho que só podia desejar que o público reagisse. E reagiu. Ninguém saiu com a satisfação de que tinham sido cumpridas as expectativas de um bom espectáculo a condizer com o cd...porque não há cd! E porque não há um concerto igual a outro! Às vezes enganamo-nos na “Tina” e outras no “fighter do espaço”, depende do dia e do momento. Por isso não há forma de antecipar o que vai acontecer.

5. No encore: “toquem uma com piano”, “uma curta”, “a sereia”, “a caspa”, etc. Resposta: “A quem pediu uma curta arrebento-lhe a boca lá fora!”. Eu peço desculpa por não me ter saído melhor, mas para nós é com carinho que usamos esta expressão. (Também não esteve relacionada com querelas norte e sul, deixem-se disso). O que tocamos a seguir foi a “spider” e a “goth as fuck” – esta última retirada de um graffitti da rua e uma das minhas preferidas pelos arabescos finais quando se chega à parte: “acham-te estranha, pior que uma araaaaannnnhhhaaa!.

6. Eu gostei muito muito muito do concerto e depois dos nervos expulsei os meus demónios com bebidas macias e doces, mas sem ir muito longe. Aliás, a noite acabou cedo e para mim, quando chegaram as palpitações na pista de dança apinhada por dezenas de pessoas que nem sequer estavam a dançar (!valha-nos!).

7. No dia seguinte fomos à “Biting the hand that feeds you”, à exposição da Cordoaria e ao “teatro sem teatro”. A Cordoaria está em fermentação, não me pronuncio com tanta rapidez, preciso de tempo. Mas o apontamento do Pedro foi muito acertado, “desta vez é mais Tropa que Tabarra!”. Nisto concordo e acrescento, senti que com esta exposição me aproximei ainda mais das referências originais. O que não quer dizer que me deixe armadilhar no julgamento, dos “originais”, antes pelo contrário, estes fenómenos de beber água a fontes, que também já beberam água de outras fontes, só fortalece a arte portuguesa. É de evitar também a marca nacional, mas faz sentido usá-la no que diz respeito à partilha. E pelo que sei os dois artistas e as suas referências partilham ideias, projectos e até espaços físicos. A exposição de Belém, já tinha visto uma parte até a minha amiga Catarina, da Grécia, ter-me forçado a sair do MCBA para falar com a namorada ao telefone (zangas e acidentes emocionais).

Tuesday, February 12, 2008

Monday, February 11, 2008


Ahhhhh! Ensaios com bomba e spiders! estão todos convidados - mas não temos tempo para enviar um convite!

Sunday, February 10, 2008

Ainda deve haver um múltiplo disponível
MAD: "SPIDER"/FDT (02/08)

Obrigada Luis!

Thursday, February 07, 2008

E O ASSUNTO VEIO À BAILA A PROPÓSITO DO TOM...NO RESSABIATOR

Se não podes pô-los a pensar uma vez, podes pô-los a pensar duas vezes


No fim de Abril de 2007, num debate no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, sobre “O que significa ser artista em Portugal?”, a artista Isabel Carvalho acusou o Museu de Serralves de ignorar os artistas do Porto. À primeira vista, a acusação parecia paradoxal, talvez até injusta – afinal, era o próprio Museu que disponibilizava o espaço para aquele debate –, mas, na discussão que se seguiu (e que continuou nos blogues e, mais tarde nos jornais), tornou-se evidente que o que estava em jogo não era a falta de interesse do Museu na cena alternativa, mas o próprio papel do Museu em relação à cidade. Se Serralves não dedicava ao Porto mais do que uma atenção circunstancial, como podia esperar assumir algum protagonismo ali?

CONTINUA NO RESSABIATOR

Wednesday, February 06, 2008

WEEKEND ON MARS

Queridos visitantes deste blog, se quiserem assistir ao próximo ensaio-concerto dos Flanela de Tal, no sábado dia 9 de Fevereiro, têm que nos enviar um email com dez boas razões para serem convidados OU um desenho A1 (p/b) sobre a banda que sirva para usar no cartaz da ZDB OU um pedido de início de um myspace fanclub da banda.
MAD WOMAN IN THE ATTIC
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ISABEL CARVALHO
09.02.2006
Inaugura às 16h.
Poderá ser visitado até 15 de Março, por marcação.
MAD WOMAN IN THE ATTIC
Rua Alves Redol 407, 5ºDir. 4050-043 Porto. Portugal
t: +351 91 791 00 31 e: mw_intheattic@yahoo.com
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Formalmente, MAD WOMAN IN THE ATTIC é um espaço com cerca de 10 metros quadrados, paredes brancas, chão cinzento e uma claraboia. Esta pequena sala é uma arrecadação no último andar de um prédio de habitação. O espaço é de experimentação, apresentação e consolidação.
MAD WOMAN IN THE ATTIC é um project-room que propõe um confronto mais íntimo com a produção artística e a sua celebração. Este projecto quer ser discutido através de conversas a acontecer no momento e aceitando textos e imagens que surjam destas apresentações.
Os projectos podem ser visitados no dia da inauguração ou, por marcação, nas três semanas seguintes.
MAD WOMAN IN THE ATTIC é também responsável pela publicação de edições de artista.
O MAD WOMAN IN THE ATTIC existe desde Fevereiro de 2005 e já apresentou o trabalho de Nuno Ramalho, João Marçal, Amélia Alexandre, António Júlio, António Leal, Christine Fowler, Mafalda Santos, Carla Cruz, Renato Ferrão, André Guedes, Tânia Bandeira Duarte, Manuel Santos Maia, Ângelo Ferreira de Sousa e João Sousa Cardoso.

“Trap” de ISABEL CARVALHO é a primeira apresentação de 2008.
A gestão e programação do MAD WOMAN IN THE ATTIC é da responsabilidade de André Sousa.


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MAD WOMAN IN THE ATTIC
Tipo de evento_
Artes plásticas/ instalação / visual.
Artista/Obra apresentada_
Isabel Carvalho
Trap, 2007.

Inaugura_ Até_
SAB. 9 Fevereiro 2008 15 Março 2008
16:00/20:00 Visitas só por marcação pelo seguinte número:
André Sousa 91 791 00 31

Outras Informações_

Isabel Carvalho
Texto:


TRAP

Em estado de suspensão e construída a partir da união entre planos e superfícies, o culminar dos eixos principais em pontas angulosas, a repetição de entrançados e nós, o padrão que se lê da unidade resultante de linhas finas, mas fortes, e de aspecto pegajoso - a teia prende e protege.

Uma teia de afectos mal administrados - naturalmente direccionados segundo critérios desconhecidos e, por isso, equívocos.

Uma teia de caprichos, de chamadas de atenção e de submissão forçada às estranhas exigências dos seus sentimentos.

Uma teia de conquistas e capturas de vítimas voluntárias, por vezes, imobilizadas a pouco custo.

Uma teia de substitutos de um dia maior, de um sol forte e de uma primeira casa - materna.

Uma teia de generosidades, apreço e cuidados, sem retorno determinado de grande importância - excepto uma dependência mútua subtil e disfarçada.

Uma teia de linhas que produzem um padrão - uma forma decorativa, que se tatua nas articulações ou para preencher pequenos intervalos vazios em corpos cobertos de tinta.

Uma teia de forças e tensões que não se resolvem sem ser medindo a força.

Uma teia que se repete ao aparecer em outro sítio. No entanto, não esqueçamos que a matriz se mantém a mesma.

Tuesday, February 05, 2008

Monday, February 04, 2008

SEGUNDO LUGAR, PRÉMIO PONEY


-UNCLEAN--UNCLEAN--UNCLEAN--UNCLEAN--UNCLEAN--UNCLEAN--UNCLEAN--UNCLEAN--UNCLEAN-

ROCK IN BTW


Eu não acredito na comunicação porque não acredito que ande a conseguir comunicar (verbalmente) coisa alguma. É um desgaste usar palavras para explicar, para recompor, para organizar, pôr as coisas no sítios, para corrigir, para expressar sentimentos e paixões, para discutir e confrontar pontos de vista, e muitas vezes para repetir o que se está a ver.

É necessário fazer composições do tipo “o mar” ou “a barca da Nazaré”, “a alegria” ou “a bola Azul do Tiago”. Perde-se tempo a andar às aranhas à espera de encontrar uma base de entendimento. No meio disto, de tanta descrição, perde-se a força das coisas.

A partir de hoje e talvez apenas hoje, nós vamos berrar, até explodir os pulmões. E recuso-me a falar. É proibido eu falar!

Saturday, February 02, 2008

CRASH -

TEXTO COMPLETO DA FOLHA DE SALA DA EXPOSIÇÃO

BITING THE HAND THAT FEEDS YOU
ISABEL CARVALHO, 2008


Nota introdutória: o colégio e o castelo são edifícios distintos; o visitante e o professor são a mesma personagem e quem os representa é o mesmo actor.

Um castelo
Foi construído um castelo em forma de ananás, verde e com formas orgânicas, por um arquitecto gigante com horror a linhas rectas. O edifício tinha um aspecto vivo. Estava, aparentemente, sempre apinhado de alegres visitantes encantados com o brilho do interior do castelo e animados com as festas que ali eram organizadas.

Um colégio
O mesmo arquitecto do ananás, concebeu um colégio onde se ensina a desenhar. Tudo o que se pudesse desejar e imaginar era possível de existir, tal era possível porque tudo, sem limites, se podia desenhar num infinito maço de folhas de papel.

Visitante do castelo
Um dia, um visitante deixou cair uma peça de vidro que fez imenso barulho. Veio um guarda que lhe disse que tinha que manter uma certa distância relativamente às peças. Levou-o ao escritório para o repreender e mostrar-lhe qual era a distância aconselhada. Assim se impunham as regras. De mãos atrás das costas e com autoridade convenceu-o que a obediência era bonita e o visitante acabou por entender que a resignação era feia.

Quando decidiu regressar outra vez ao castelo, pelo caminho, sentiu um forte puxão para trás. Enquanto as pernas avançavam para a frente, o resto queria ficar no mesmo sítio. À hora certa, as pesadas portas abriram-se com muito custo. Chegado à entrada, sentiu um arrepio e voltou para trás. Ele próprio não compreendia o que se passava e ficou apreensivo.

Professor do colégio
O aborrecimento causado por aquilo que ensinava, a repetição e a rotina, levou-o a descuidar-se dos seus serviços e a ir para a praia. “Hoje não me apetece fazer nada”, e como manteve esta atitude foi dispensado passados alguns anos por não comparecer ao serviço – já perto do final, quando aparecia importunava os alunos com perguntas descaradas sobre os seus sentimentos.

No colégio
Para que não surgissem mais problemas, o colégio decidiu que só se podiam desenhar formas simples e nenhuma aproximação ao real seria permitida. Deste modo o desenho não entraria em competição com a realidade.

Chegada a Primavera, os alunos fugiram todos das aulas provando que o aborrecimento aparece em qualquer altura e sem aviso prévio – os alunos não gostam das aulas no geral, embora até gostem de desenhar. A força das lições do professor demitido e o seu efeito, revelou-se quando todos os alunos se agruparam em construções geométricas a apanhar sol, a mergulhar, a fazer surf, etc. Organizavam-se em linha, em círculos, quadrados e triângulos.

Visitante do castelo
Um dia, sozinho, passou em frente ao castelo e atirou umas pedras para partir os gessos todos, os cristais e as porcelanas, incendiar os cortinados e as passadeiras. Reparou que o ananás abanou, mas que não se partiu nada. No dia seguinte pintou nas paredes – “já não estou aqui!”
Como não fizeram caso, continuaram com as festas, as luzes, os brilhos e a multidão. E ele, como não foi caso, foi-se embora dizendo – “não contem comigo”.

Professor do colégio
Na praia fez uns desenhos na areia com um pauzinho. Esteve também a espiar a vida dos outros com os pés espetados na areia e barriga colada à toalha. Encorajou-se a observar sem agir, o que lhe pareceu muito mais difícil de fazer que antes. Entreteve-se durante muito tempo e só saiu no final, quando foi o último a desistir do sol, para não perder nada do que pudesse acontecer. O não agir era um assunto muito sério.


Anos mais tarde

Visitante do castelo
Voltou ao castelo para se empregar no bengaleiro. A rapinice era descarada e inicialmente pequena – o dinheiro era o principal. Esperava denúncias que lhe causariam, por certo, castigos. Motivado pelo sucesso dos seus actos desenvolveu um plano que consistia em meter peças valiosas nos bolsos dos visitantes e esperar que estas fossem devolvidas. Nunca ninguém as devolveu - nunca a proximidade foi tão grande. Um êxito. Entretanto, os seus planos cresceram e envolveu mais uns quantos colegas. A dada altura, estes, descrentes relativamente ao seu plano, acabaram por o denunciar.

Professor do colégio
O professor foi encontrado a desenhar secretamente o real em papelinhos encontrados ao calhas com excessiva fidelidade. A força do hábito. Tentou-se explicar e disse: “Assim penso menos”.

Friday, February 01, 2008

JUPITER!


corações, estrelinhas, glitter, florinhas, folhinhos e abracinhos, a sinceridade da voz de Dorau
- tecno-gótico! *****