Sunday, March 30, 2008
1. “Mas tu és um Rato Mickey!”, descrito como o pior insulto dito por alguém numa troca de ofensas. Que quer dizer que o outro é um “nadas”, um boneco. Ai, como me apetecia começar a usar a expressão sem citar a fonte. É que nem sempre dá jeito sexualizar as palavras e não há nada menos sexual que um Rato Mickey! Já um Topo Gigio é diferente!
2. Desde sexta-feira: o encontro da manhã de sexta foi muito agradável. Os artistas são sensíveis no geral, e estes também eram. A outra vez que estive assim tão bem foi no Luxemburgo com a Wendy. Eu não sei quem ela é, a não ser pela relação que tem com outro artista. Mas sei que a noite passou extremamente rápida no meio de muitos bares, entre muita dança e aos gritos de furar-ouvidos sobre referências em comum, referências novas, a exposição que estava a inaugurar, a diferentes posturas sobre o sistema da arte contemporânea e, por fim, amores. A ligação da Wendy com os rapazes de sexta-feira é o artista-label e as expectativas - que não são só do mercado, mas também do próprio. Ou seja, o artista como um “produto” em si. O contrário é a dispersão total, entre os suportes, os materiais, o tema ou o assunto, e todo o mais que é variável. A minha pergunta é sempre a mesma (para mim mesma): porque há artistas sempre iguais e outros sempre diferentes? Há quem mantenha um nível de consistência surpreendente. Eu não. A melhor maneira de apresentar o meu portfolio ou o meu trabalho, à falta deste, às cegas, é dizer que tenho uma vontade incontrolável (quasi) de experimentar muitas e diferentes abordagens. Não sei parar. Já me assustei, um dia destes, quando me foi sugerido que artistas assim tentam acertar a ver o que “pega”. Quando possivelmente é o contrário: insubordinação (talvez) em se deixar agarrar pelas expectativas. “I’m not there”, veio a calhar, como exercício visual de precisamente isso. Ao passo que o Bdylan fosse múltiplo o ronronar da música ainda assim mantém-se constante. Parece-me que no final, pode-se concluir, que é a mesma pessoa. E isso basta? Talvez, no final. Gostava de voltar a conversar com a Wendy, mas no dia a seguir foi ao Hospital com um entorse.
3. Sábado e Domingo, passeio pela marginal e passagem para a outra margem, Gaia, valeu a pena. Um belo passeio.
4. Retomando o ponto 1. Na conversa alguém chegou a sugerir que nos dias de hoje é relativalemente trendy ser contra o império WalterDisn e do que isso representa, daí ser ofensivo.
Wednesday, March 26, 2008
EDUCAÇÃO SENTIMENTAL
1. Ando a desenvolver uma relação especial para com as plantas e sou particularmente atenciosa com as roseiras. Tenho duas heras, três cactos e uma roseira. Rego dois em dois dias e tenho cuidado em lhes falar. Talvez sejam mais eficazes que o chá para o regularizar o meu sono. 2. Desde a exposição da Frances voltei a pegar no Flaubert. Com este frio o Novembro (cotovia) veio a calhar. Gosto especialmente do último dos três contos. E descobri isto no blog do Pedro Moura: Amadeo. 3. O Boris para aquecer: Je bois systématiquement pour oublier tous mes emmerdements.
Tuesday, March 25, 2008
Sunday, March 23, 2008
1. Colossal Youth, YMG - de volta, no dia 30 de Maio.
Stuart, um rapaz de Cardiff, ex-marine, queria ser uma vedeta, vivia revoltado com a voz insignificante de Alison e perdido sem o irmão por perto (ao mesmo tempo, incapaz de o partilhar com Alison).
Enfim, a história (afinal bastante comum) é a de uma das piores bandas em palco de sempre - num certo concerto ficou apenas uma pessoa a ouvi-los. Não tinham energia, é certo, mas quem é que precisa de mais uma banda aos saltos - eu passo. Tal como a Alison, não se deve levar a mal a ambição de Stuart.
2. A verdade das letras de certas músicas comove-me.
3. "Uma comunidades pode acabar por aborrecimento?" - certo! certo...irmãzinha, tens razão.
5. A lei dos percings - o João Leão estava muito chateado com toda a situação e ele que nem tem furos nem planos de os fazer. Invocam, ao que parece saúde pública e tal. Fracos argumentos para defender a proibição de transformações (!) corporais. Ainda que não estando muito bem informada posso, legitimamente, afirmar que os furos nos pregam uns valentes sustos, mas não há (que eu saiba) qualquer perigo para mais ninguem a não ser para o próprio. Ora, eu que tenho uma dramática alergia a metais que oxidam (há piores, os que nem podem tocar em talheres) e que infecciono sempre que faço um simples furo (com metal cirúgico), nunca causei transtornos a ninguém. A higiene do procedimento - já se sabe - tem que ser a preocupação absolutamente prioritária.
6. O computador que uso é emprestado porque não me parece bem adequirir um.
7. Domingo de Páscoa. Está tudo fechado.
“O que há para comer?”, os pardalitos perguntam ansiosos. Tenho que remexer nas prateleiras a ver o que tenho, mas parece que vai sair um creme de cenouras...
Lembrei-me logo a seguir de ir “caçar” alimentos.
A caminho de casa encontrei um bonito canteiro da CMP coberto de florinhas liláses – “Estás a ver onde vamos buscar as plantas esta noite?”. Uns dias antes, ali perto do viaduto, estavam umas laranjeiras repletas de fruto. E é assim, os pavimentos cobertos de cimento nem sempre me assustam, tenho a certeza que pelo menos uma salsa e uma couve encontro aqui perto dos jardins públicos.
Friday, March 21, 2008
1. (continuação do post anterior)
O plano era ir à inauguração da Patrícia. Não cheguei a ir. Uma pena porque gosto imenso do brilho das inaugurações. Gosto do brilho que o artista tem nesse dia e a disposição dos visitantes. É irrepetivel. Depois desse momento a exposição (no geral) vive, mas já só temos as obras e o silêncio – no Rjacinto já não acontece isso. Gostei da exposição. Na entrada uma cortina de emails recortados, cheios de imagens e trocas de mensagens que eu não entendo. Os vídeos eram muito bonitos e foi uma boa escolha colocar aqueles monitores completamente obsoletos. As unhas cresceram um bom pedaço. A Patrícia foi a primeira rapariga agarrada a uma lata de spray rosa que vi e que disse: “Uauuu! Quem é aquela rapariga?”. Mas já foi há muitos anos.
2.
O Chiado estava fechado e cheguei a temer pela minha tarde. Tolerância de ponto.
3.
The Fall da Frances.
Frances, keep falling!
A exposição é desconcertante como poucos artistas são capazes de fazer/ser. “Ora toma!”, pensei eu, que aspirei chegar a um ponto destes – ponto caramelo escuro, muito depois do ponto pérola! Tal é o impacto - pelo quase vazio, pela fragilidade e pelo tosco formal, sempre a lembrar alguma coisa que ficou a meio – que lhe dei toda a minha atenção. Identifiquei as referências - estavam num powerpoint simples e bem conseguido como peça em si e como auxílio à leitura das outras.
Entendo quem não goste nada do que vai encontrar, mas vale muito a pena dar-lhe uma tarde de tarefas domésticas (como a minha seria) e partilhar coisa partilháveis, coisas boas, chá quente e conversas sobre almofadas. Eu fiquei a trocar impressões com a Frances (com o que ela diz no que faz) sobre a monumentalidade de certas obras, sobre os espaços de exposição, sobre o espaço doméstico (e o atelier), sobre quartos “que sejam seus” e sobre a grandeza das coisas pequenas.
4.
O Rjacinto é o arquitecto, certo? Não, não era ele, mas acenta que nem uma luva na dupla: o arquitecto e a dona de casa. O arquitecto ocupa o grande espaço e parece que as peças vão sair dali e furar as paredes. E os designers do universo (futuro!), vão fazer o catálogo? Quero saber mais.
5. Saí com a Frances e chateei-me com a teimosia em rondar o assunto e negá-lo! “Menina Frances, não se acanhe (se for esse o caso) e não se preocupe em usar palavras, a Virgina usou-as e não ficou para trás por isso”.
Que diria a Griselda, a própria Virgina e tantas outras que que foram invocadas...que não se mencione a palavra, vá, mas que a negue, não que é feio.
6. Voltei sem pregar olho.
7. Blogues vizinhos celebram a primavera: http://dareceber.blogspot.com/.
1. Vou dedicar um trabalho ao Pierrot - já aqui fiz referência a ele a propósito de coisas terríveis. Desta vez o Pierrot representa, bem a propósito, as minhas insónias e os caprichos burgueses em geral.
2. Camisolas de lã narrativas. À primeira vista ninguém sabe do que falo. São as camisolas com desenhos de casas, florestas, pessoas, animais e outras coisas, que compõem um cenário que cabe todo nas costas ou no peito de quem as usa. Parecem camisolas-ecrã. Havia muitas nos anos oitenta e noventa dentro da tendência para as figurinhas humanas e as miniaturas animais, com muitas cores e excessiva decoração.
Aliás, lembrei-me agora que vivia fascinada por um termometro dentro do género, alemão, na casa de uns tios que entrava perfeitamente neste espirito. Eu penso que era uma necessidade da altura de "ter", materialmente falando. Claro está, eu também vivia na expectativa de um dia vir a ter uma destas camisola (o meu tema predilecto eram as montanhas com neve). Hoje não gosto.
3. Não tenho computador e por isso não tenho o correio em dia.
4. Alves & Pumar: há dias em que penso voltar ao Museu, mas depois, pensando bem, não estarei a considerar apenas as minhas emoções? O que esta mal, claro! Iria lá tomar o pequeno-almoço, almoçar com os colegas do escritório, passar na livraria, ou apenas fazer xixi – o MM, ia lá muito a livraria. Mas qualquer uma destas actividades posso fazer fora do Museu.
5. Bem, como os regressos não são propriamente assunto (até são, mas só mais tarde), importa apenas referir que cheguei a pensar no assunto e já esta, é só isso.
6. Está um dia de sol. Ontem estava pior e por isso fui empurrada primeiro para um metro e depois para um comboio, uma vez que já começava a incomodar, a mim e aos outros, com as minhas insónias (calculo que me passaria o mesmo que aos soldados americanos quando são submitidos a privações de sono!). Voltei passadas oito horas. Percorremos a noite e acabamos num concerto gótico que me tirou as forças. Sua realeza, o príncipe dos góticos, estava por lá. Um concerto do género querer-se-ia (!) sério e pesaroso, mas eu, que assisti a outras vagas mais antigas de grupos góticos, posso dizer que a postura nem sempre foi esta - dramática, com olhos só com as claras expostas e de braços estendidos. Logo, em meu entender, podemos dançar frenéticamente a música gótica como forma de expressar quer simpatia pela banda em palco como também resposta adequada ao ritmo – foi isso que me aconteceu.
7. Eu não dormia porque tinha medo.
2. Camisolas de lã narrativas. À primeira vista ninguém sabe do que falo. São as camisolas com desenhos de casas, florestas, pessoas, animais e outras coisas, que compõem um cenário que cabe todo nas costas ou no peito de quem as usa. Parecem camisolas-ecrã. Havia muitas nos anos oitenta e noventa dentro da tendência para as figurinhas humanas e as miniaturas animais, com muitas cores e excessiva decoração.
Aliás, lembrei-me agora que vivia fascinada por um termometro dentro do género, alemão, na casa de uns tios que entrava perfeitamente neste espirito. Eu penso que era uma necessidade da altura de "ter", materialmente falando. Claro está, eu também vivia na expectativa de um dia vir a ter uma destas camisola (o meu tema predilecto eram as montanhas com neve). Hoje não gosto.
3. Não tenho computador e por isso não tenho o correio em dia.
4. Alves & Pumar: há dias em que penso voltar ao Museu, mas depois, pensando bem, não estarei a considerar apenas as minhas emoções? O que esta mal, claro! Iria lá tomar o pequeno-almoço, almoçar com os colegas do escritório, passar na livraria, ou apenas fazer xixi – o MM, ia lá muito a livraria. Mas qualquer uma destas actividades posso fazer fora do Museu.
5. Bem, como os regressos não são propriamente assunto (até são, mas só mais tarde), importa apenas referir que cheguei a pensar no assunto e já esta, é só isso.
6. Está um dia de sol. Ontem estava pior e por isso fui empurrada primeiro para um metro e depois para um comboio, uma vez que já começava a incomodar, a mim e aos outros, com as minhas insónias (calculo que me passaria o mesmo que aos soldados americanos quando são submitidos a privações de sono!). Voltei passadas oito horas. Percorremos a noite e acabamos num concerto gótico que me tirou as forças. Sua realeza, o príncipe dos góticos, estava por lá. Um concerto do género querer-se-ia (!) sério e pesaroso, mas eu, que assisti a outras vagas mais antigas de grupos góticos, posso dizer que a postura nem sempre foi esta - dramática, com olhos só com as claras expostas e de braços estendidos. Logo, em meu entender, podemos dançar frenéticamente a música gótica como forma de expressar quer simpatia pela banda em palco como também resposta adequada ao ritmo – foi isso que me aconteceu.
7. Eu não dormia porque tinha medo.
Tuesday, March 18, 2008
Rádio
Desde que vivemos em Conventry que eu mantenho o hábito de andar com um rádio. Ainda andei uns anos com um mini rádio entre viagens por diferentes países para sintonizar a música local. Depois desliguei-me do rádio e ocupei-me com os cds. Mas os cds “cantam” o que é esperado. Por outro lado a rádio é diversa, por isso, ultimamente, mantenho-me fiel ao rádio (a irmã ofereceu-me), que é como se tivesse uma banda sonora o tempo todo – da sala, banho e quarto. “E se caí ao banho!”, “faz faíscas!”.
CCV
E os creedence clearwater revival vão direitinhos para o MM, que os nomeou como a banda com o nome mais complexo e ao mesmo tempo mais bonito.
1.A minha relação com a cultura não existe independente da vida.
E isto não se explica.
2.Iria para as montanhas passar uns dias com amigos e partilhar as festas estranhas que organizam, mas tenho receio que me despiste, de qualquer maneira aprendo sempre imenso com eles – às vezes são coisas tão simples quanto “ver cores” ou “ver a luz mudar ao longo do dia”.
3. blank!
4.O Festival Sincero II está ai! Para todas as sinceridades desta cidade e vizinhanças, para os Tokio Hotel, miúdas góticas, poetas e manifestantes. Está marcado para Abril. Espalhem a palavra e enviem-me propostas.
5.Com regularidade bailamos na sala a imaginar que é a sério.
Sunday, March 16, 2008
HUGE LOVE
1.Segundo post do dia para começar uma rúbrica muito pouco interessante.
2.Eu falei à minha irmã desta ideia e ela não disse mais, nem menos. Por isso, adiante. Ela dorme com uma t-shirt dos Type’o’negative e bebe leite de soja de manhã, fecha-se no quarto e não tem horas para acordar.
3.Está um cd da Nina Hagen na Fnaque, mas eu não lhe digo para não pensar que estou amolecida pelo tempo. Assim, mantenho a tradicional distância à sua simpatia.
4.No outro dia fomos comprar vasos, juntamos um monte deles e no final disse-lhe “fugimos ou quê?”; que nada, pagamos e saímos. Uma moleza.
5.Agora, putxi...À beira mar é que se passam bem as tardes.
6.Mais sobre theeesssseee days, durante a semana.
GIRLS ARE DREAMING ABOUT ENORMOUS MACHINE
1.“Sempre em férias” é um filme a colocar num andaime de 2m (altar urbano), enfeitar de flores e fitinhas e praticar culto.
2.Estas férias (escolares), vão ser dedicadas às férias porque eu não sei bem o que é que isto significa. Não vou a lado nenhum e tentarei fazer exercicios de concentração.
3.Ontem na feira das associações Emaúse encontrei livros fantásticos a um bom preço. Gostei do Humberto, que percebeu logo onde a minha conversa ia dar: “faz-me um desconto e tal que isto são livros (Deleuze, Henri Michaux, Francis Bacon...) para putos”, “tens sorte que eu não os vi...mas olha que deve haver putos a ler isto no infantário, sim, sim!”. Entretanto fui engolida na cantiga e comprei um sofá com um buraco.
4.Tiros e paus na rua até às 3 da manhã, a policia em acção e os semáforos com sinais sonoros a funcionar toda a noite...
5.(titulo do post)
O spam é poético. A minha irmã não recebe spam deste. É terrorismo, bem sei, e há quem se chateei com a invasão de emails que nem sempre vão directamente para o lixo. Mas estes em especial, que eu recebo, só os apago depois de os ler. Quem está por trás destes anúncios? Vive onde? Como chegou ao meu email? qual foi o copy que os inventou?
Didn't you know, that obtaining a huge love wand has become unbelievably real?
2.Estas férias (escolares), vão ser dedicadas às férias porque eu não sei bem o que é que isto significa. Não vou a lado nenhum e tentarei fazer exercicios de concentração.
3.Ontem na feira das associações Emaúse encontrei livros fantásticos a um bom preço. Gostei do Humberto, que percebeu logo onde a minha conversa ia dar: “faz-me um desconto e tal que isto são livros (Deleuze, Henri Michaux, Francis Bacon...) para putos”, “tens sorte que eu não os vi...mas olha que deve haver putos a ler isto no infantário, sim, sim!”. Entretanto fui engolida na cantiga e comprei um sofá com um buraco.
4.Tiros e paus na rua até às 3 da manhã, a policia em acção e os semáforos com sinais sonoros a funcionar toda a noite...
5.(titulo do post)
O spam é poético. A minha irmã não recebe spam deste. É terrorismo, bem sei, e há quem se chateei com a invasão de emails que nem sempre vão directamente para o lixo. Mas estes em especial, que eu recebo, só os apago depois de os ler. Quem está por trás destes anúncios? Vive onde? Como chegou ao meu email? qual foi o copy que os inventou?
Didn't you know, that obtaining a huge love wand has become unbelievably real?
Wednesday, March 12, 2008
[O meu comentário à publicação “Arte e Artistas em Portugal”]
1.O Y de sexta chega sempre atrasado. Às sextas compro-o antes de apanhar o comboio, onde adormeço quase sempre e por regra, minutos depois de passar o “pica”.
2.Por isso não estava à altura para conversar com o Pedro VM nesta terça-feira sobre a oficialíssima publicação dos artistas portugueses (2 páginas e mais um artigo no final sobre o assunto no suplemento Y). Como também não tinha o Jornal de Notícias, estive realmente numa situação de franca pobreza informativa.
3.Ninguém ficou realmente irritado com a publicação do A. Melo a ponto de se manifestar publicamente. Para quem não pode usar os media, sempre podia ir tentando espalhar a palavra, de forma oral e talvez menos eficaz, ou optando, sei lá, pelos blogs ou textitos aqui e acoli. E o Pedro tinha razão, a convivência com AM torna-nos aos poucos imunes aos seus disparates, incoerências, incorrecções, e por aí fora. Ao ponto de pensarmos muito bem se alguém vai querer ouvir mais uma vez uma opinião glamorosamente negativa sobre o AM...como se não soubessemos todos “do que a casa gasta!”. De qualquer modo, não merecia a situação, tamanha é a gravidade, que se perdesse algum tempo a desenvolver qualquer coisa (talvez um documento...) que espelhasse o desagrado que os evidentes lesados sentiram ao ver e ler a publicação?
4.O artigo mais pequeno do Y é de coragem*, é esclarecedor sobre a opinião da autora face à publicação: resultado e processo. Não salientaria os mesmos “defeitos”: uns talvez coincidam, outros não me incomodam sequer e acrescentaria ainda uma lista de muitos outros. De qualquer maneira mostro-lhe um placard de aplausos!
5.O que destacaria do artigo (bem mais interessante que o artigo blach! do centro do suplemento), para além da referida coragem, é o apontamento à nossa HORIZONTALIDADE.
6.A planura dos nossos horizontes é tremendamente irritante. É asquerosa! Uma publicação da arte portuguesa que seja para turista-ver (referência ao artigo que me pareceu bem enquanto apontamento de uma função) é um mau princípio, mas dar “aquilo” para ler a um turista inteligente é mostrar-lhe precisamente o que somos e o que vemos lá ao longe, a apontar para o futuro – a monotonia de um único plano. Oferecer esta publicação, ao primo brasileiro, ao amigo japonês, à amiga da amiga onde ficamos uma noite mesmo em frente ao Museu Rainha Sofia, ao embaixador suíço ou ao colecionador mexicano tem um duplo sentido: “nós somos pouco interessantes e vocês vão ficar a saber disso”.
7.Este momento, o aparecimento do livro, é uma nota na planura dos nossos horizontes, porque não há a “porra” de uma instituição com visão suficiente para perceber que se nos mantivermos satisfeitos e nas apostas seguras, vamos ser piores no futuro do que somos hoje...
8.Como entendo o João Fernandes, LOCAL!? Puff! De facto! Mas se nos descartarmos do local ou de nos localizar, vamos estar sempre a fingir que não estamos aqui. Tal como eu estou a fazer agora - ando a fingir que não estou aqui, com a diferença que neste novo lugar (imaginado), é onde me posiciono para melhor ver e entender este tempo e este espaço.
9.Sobre esta publicação, onde constam pouquíssimos artistas locais (Porto) a fazer comichão, onde não é feita referência a nada que tenha passado por estas bandas, aconselho (para além da leitura do Y, mas só o artiguinho final) a leitura de excertos da publicação (leiam na fnaque e/ou rasguem as folhas mais giras para ver e ler cá fora), encontros em grupos para ponderarem na HORIZONTALIDADE da política cultural portuguesa e depois um passeio pela praia ao pôr de sol para sentir na pele e no espírito que a monotonia SUCKS!
10.Sobre o “alternative” label noticiado, artiguinho manhoso e atrasado, dá luz às nossas emoções e deixa de parte a razão.
11.Nem mesmo os skaters são amigos da HORIZONTALIDADE e fazem montanhinhas a fingir e obstáculos a ultrapassar, porque não seguimos o exemplo?
12.Macacos me mordam, até a brilhante exposição do Teatro sem Teatro foi importada do MACBA, porque é que o Joe não investe antes na formação de potênciais bons intelectuais que concebam uma exposição assim, AQUI!
Qual foi a última vez que se fez uma exposição assim? Uma exposição que um outro Joe, espanhol, francês, outro, tenha cobiçado para expor no seu Museu!
*O MM considera que não é uma questão de coragem, mas de dever e de responsabilidade.
Monday, March 10, 2008
EM CONSTRUÇÃO
Depois dos 14 (e como me lembro bem desta fase) comecei a calcular com cuidado as proximidades e as distâncias. Mas tenho pouco jeito para intermédios – aproximo-me até queimar ou nada. E normalmente ou ando num plano acima ou abaixo. O horizontal é “chato”.
Acontece, que baixei as armas ou as defesas, pus de lado o aparelho tipo “nível” para dosear as medidas (cima/baixo, longe/perto) e perdi um amigo.
Não é uma nota do obituário (ele está vivo e animado), é um apontamento para mim e para ele. Connosco, não é possível um café porque eu não tomo café fora de horas e porque nunca haverá meio termo. E eu não sei como, porque tentei demasiadas vezes, mas ele devia saber que não pode ser diferente. Entretanto mudei de cidade e só passo cá aos fins de semana.
Mais do que triste estou irritada comigo mesma!
Emociona-me a história dos Young Marble Giants. Já coloquei muitos vídeos deles no blog.
Sunday, March 09, 2008
MELHOR PONY E MELHOR TOO CUTE TO PUKE DOS ÚLTIMOS TEMPOS NAS ÁREAS (CIENTÍFICAS) DE SOM E IMAGEM
1. Tenho um sofá, uma mesa (stones & peaches), cavaletes, cadeiras, outras tralhas para vender ou trocar. Tem tudo boa qualidade e o preço é razoável. Ou é isso, ou é marmelada... Estou pela baixa até às 17 h para fazer negócios, fora disso, nada feito!
2. Sem sentido de humor e sem vontade para queimar pilhas. (cortei um dedo na carrinha de transporte)
3. Nas mudanças encontrei pedras da calçada portuguesa da Av. Aliados, de quem são? Também tenho um saco preto da habitat. Reclamem!
4. Vou ver vídeos toda a tarde - coisas que estão para trás e que eu nunca liguei muito.
5. Amanhã não tenho acesso à web no domicilio, nem depois, nem depois. Volto quando voltar.
Thursday, March 06, 2008
UM BLOG MAIS BONITO Y COM SOM!
Hello Bernie,
Sorry to bother you again about this subject...but, can you help me to start a radio? A web-radio?
I only need the basics, the first steps to do it...
Do know a site or something!?
Merci!
Isabel
-------------
Eu gostaria de ter uma rádio para se ouvir na cozinha como fazem os velhinhos e de dizer que o convidado especial é o fulanito tal que vem falar sobre arte no gelo e, se possível, ao mesmo tempo, esticar o dedo do meio aos media (ui! isto está datado, mas faz sentido) e ainda explorar um novo suporte!
primeiro comentário: - Argh! que forte, pesado e pretencioso!, mas é um boa ideia, Isabelinha!
Sorry to bother you again about this subject...but, can you help me to start a radio? A web-radio?
I only need the basics, the first steps to do it...
Do know a site or something!?
Merci!
Isabel
-------------
Eu gostaria de ter uma rádio para se ouvir na cozinha como fazem os velhinhos e de dizer que o convidado especial é o fulanito tal que vem falar sobre arte no gelo e, se possível, ao mesmo tempo, esticar o dedo do meio aos media (ui! isto está datado, mas faz sentido) e ainda explorar um novo suporte!
primeiro comentário: - Argh! que forte, pesado e pretencioso!, mas é um boa ideia, Isabelinha!
O nosso atelier, no edifício do arq. Viana de Lima, na baixa, vai ser esvaziado até sábado. Se se lembrarem que têm lá alguma coisa, liguem-me para que eu a devolva. Também empacotei alguns “vidros partidos” e entreguei-os...
Fazer mudanças é tarefa para arqueólogos, encontram-se todas as camadas de vida a cada ano que ali se passou – os dias a ver a Praça a ser alterada, o S.João, o Ano Novo (embora nunca se tenha realmente organizado uma festa), o Festival Sincero, as vendas “veste-te a rigor que te ficam bem as luvas” para pagar a Wanda, as músicas que se ouviram, as visitas que tivemos, os hábitos (viva o Comodoro, melhores croissants e maça assada), ...
Este foi o meu quarto atelier.
(a fotografia anterior que estava de pernas para o ar foi substituida)
Tuesday, March 04, 2008
VIDEO PONY - SECOND PLACE!
1. Alguém tem cds para trocar?
2. A Jutta Koether veio a Portugal e ninguém soube. Perdemos todos uma oportunidade de a ver e ouvir. (O contexto é um Centro Cultural novo lá para o sul! Wow! Para quem será desta vez?)
3. É desta que vou tentar ir para o centro! Mas lá só tem maluquitos, pessoas que vestem camisolas beije (e parece que estão nuas) e batôn branco brilhante! Pelo que vejo no comboio...dá para estabelecer um padrão.
4. Ups, calças brancas também. Amanhã compro as calças, não quero destoar.
5. Falta o meu micro shure, alguém o encontrou?
2. A Jutta Koether veio a Portugal e ninguém soube. Perdemos todos uma oportunidade de a ver e ouvir. (O contexto é um Centro Cultural novo lá para o sul! Wow! Para quem será desta vez?)
3. É desta que vou tentar ir para o centro! Mas lá só tem maluquitos, pessoas que vestem camisolas beije (e parece que estão nuas) e batôn branco brilhante! Pelo que vejo no comboio...dá para estabelecer um padrão.
4. Ups, calças brancas também. Amanhã compro as calças, não quero destoar.
5. Falta o meu micro shure, alguém o encontrou?
Sunday, March 02, 2008
Saturday, March 01, 2008
looooolaaaaaaa
I met her in a club down in old soho
Where you drink champagne and it tastes just like cherry-cola [lp version:
Coca-cola]
C-o-l-a cola
She walked up to me and she asked me to dance
I asked her her name and in a dark brown voice she said lola
L-o-l-a lola lo-lo-lo-lo lola
Well Im not the worlds most physical guy
But when she squeezed me tight she nearly broke my spine
Oh my lola lo-lo-lo-lo lola
Well Im not dumb but I cant understand
Why she walked like a woman and talked like a man
Oh my lola lo-lo-lo-lo lola lo-lo-lo-lo lola
Well we drank champagne and danced all night
Under electric candlelight
She picked me up and sat me on her knee
And said dear boy wont you come home with me
Well Im not the worlds most passionate guy
But when I looked in her eyes well I almost fell for my lola
Lo-lo-lo-lo lola lo-lo-lo-lo lola
Lola lo-lo-lo-lo lola lo-lo-lo-lo lola
I pushed her away
I walked to the door
I fell to the floor
I got down on my knees
Then I looked at her and she at me
Well thats the way that I want it to stay
And I always want it to be that way for my lola
Lo-lo-lo-lo lola
Girls will be boys and boys will be girls
Its a mixed up muddled up shook up world except for lola
Lo-lo-lo-lo lola
Well I left home just a week before
And Id never ever kissed a woman before
But lola smiled and took me by the hand
And said dear boy Im gonna make you a man
Well Im not the worlds most masculine man
But I know what I am and Im glad Im a man
And so is lola
Lo-lo-lo-lo lola lo-lo-lo-lo lola
Lola lo-lo-lo-lo lola lo-lo-lo-lo lola
Where you drink champagne and it tastes just like cherry-cola [lp version:
Coca-cola]
C-o-l-a cola
She walked up to me and she asked me to dance
I asked her her name and in a dark brown voice she said lola
L-o-l-a lola lo-lo-lo-lo lola
Well Im not the worlds most physical guy
But when she squeezed me tight she nearly broke my spine
Oh my lola lo-lo-lo-lo lola
Well Im not dumb but I cant understand
Why she walked like a woman and talked like a man
Oh my lola lo-lo-lo-lo lola lo-lo-lo-lo lola
Well we drank champagne and danced all night
Under electric candlelight
She picked me up and sat me on her knee
And said dear boy wont you come home with me
Well Im not the worlds most passionate guy
But when I looked in her eyes well I almost fell for my lola
Lo-lo-lo-lo lola lo-lo-lo-lo lola
Lola lo-lo-lo-lo lola lo-lo-lo-lo lola
I pushed her away
I walked to the door
I fell to the floor
I got down on my knees
Then I looked at her and she at me
Well thats the way that I want it to stay
And I always want it to be that way for my lola
Lo-lo-lo-lo lola
Girls will be boys and boys will be girls
Its a mixed up muddled up shook up world except for lola
Lo-lo-lo-lo lola
Well I left home just a week before
And Id never ever kissed a woman before
But lola smiled and took me by the hand
And said dear boy Im gonna make you a man
Well Im not the worlds most masculine man
But I know what I am and Im glad Im a man
And so is lola
Lo-lo-lo-lo lola lo-lo-lo-lo lola
Lola lo-lo-lo-lo lola lo-lo-lo-lo lola
DOU-TE SIM...
Aos fãs!
1.Gostar dos FDT e ter gostado do concerto na ZDB, é uma questão de gosto, de tolerância, de nervos, mas talvez seja, acima de tudo, uma demonstração de uma enorme coragem! Tenho uma grande admiração por vocês e fico-vos tremendamente agradecida. Pois, não somos só genuínos na música, somos assim e pronto!
2.Quando me cruzo com as fotografias deste concerto - que será no futuro referido pela brilhante actuação da Lydia Lunch tanto quanto pela surpreendente e desarmante actuação dos FDT - noto uma certa preferência por pedacinhos de mim, que o (curtíssimo) vestido enfeitou. Não fico aborrecida com isto, antes pelo contrário, o espírito Flanela está longe do tecido tipo “camisa de pescador” ou jovem PC. Flanela veste um fato de ski, uns collans debaixo de calções ou de vestidos fresquinhos.
3.Os FDT entretanto findaram (para quem acompanha o blog deve estar a par do pormenores do acontecimento) e eu compulsivamente venho aqui desabafar. E de uma vez por todas que os meus amigos (e conhecidos) percebam o que isto significa para mim e que parem de me dizer que tudo isto é muito normal quando se tem uma banda! Ahhhhhh! Ao mesmo tempo que me explicam (como se soubessem!) o que é ser membro de banda (“ainda bem que ainda ninguém foi encontrado a boiar numa piscina, ou caiu de um segundo andar, ou..., ou...!”) cantarolam todo o reportório. Alguma sensibilidade, por favor!
4.Queridos, a todos vocês que tiveram sentimentos fortes perante as actuações dos FDT, que se interrogaram porque é que eu não sabia as letras de cor (se fui que as escrevi!), porque não tinha o alinhamento organizado, porque me enganei algumas vezes, porque...e porque...a resposta a tudo isto está no meu e no vosso coração. A parte desagradável do erro é dá-lhe mais valor do que merece.
5.Eu faço minhas as palavras da Lydia, ajustando um pontinho ou outro para ficar mais pessoal – “THAT WAS ALL FUKING INTENSE!
6.E mais, palavras sábias que não terminam: “do we fuck or do we fight!”.
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