Sunday, August 30, 2009
Friday, August 28, 2009
III
As palavras tiveram uma presença importante nestas férias: 1as palavras ditas, faladas, (que parecem esconder mais do que mostram, sem haver má intenção, apenas é assim que acontece com a linguagem verbal) que tal como algumas palavras escritas (diários), mal surge uma oportunidade, revelam a nossa mais profunda intimidade. Palavras que eu gosto, são as que se formam do 2“Prazer do texto”, são as urgentes registar para lembrar – e repetir -, tais são: as palavras impressas nas 3t-shirts (livros em tecido) e as 4palavras de disputa entre rapazes no parque (estavam certamente mais de 20 colados uns aos outros, mas só dois competiam e os outros assistiam). Os 5palavrões, não são nem necessários, nem agradáveis, mas é uma linguagem marginal que é necessário recuperar – dizem-me algumas pessoas conhecidas. Sobre as palavras ainda – descansa-me saber que os 6livros têm uma esperança de vida superior à de qualquer ser vivo que eu conheço (retiro as espécies vegetais) e por isso não me angustiam porque não tenho medo de os perder. Os lugares para receber palavras: a 6Piscina de Leça ao final da tarde ou na cama – antes de adormecer apagar o livro. Mas, ainda melhor, são as 7palavras cruzadas, onde o jogo das palavras transmite sentidos ocultos.
(continuação amanhã)
Wednesday, August 26, 2009
ENCICLOPE
COMPOSIÇÃO DE VERÃO
I
Este ano gostei imenso das minhas férias enquanto acreditei que não eram férias.
Conheci sítio espectaculares que se me tocavam até me mordiam.
Um sítio muito importante foi o 1labirinto de arbustos do jardim de S. Roque, mas o que eu mais gostei foi do 2enorme roseiral do Palácio, perto das quatro palmeiras (podem ser cinco, não posso confirmar agora) que se vêem da margem sul. Em termos de espaços verdes, o 3Jardim Majorelle talvez seja mais vistoso, mas o 4nosso botânico é mais bonito por ter um aspecto negligé, e prometer um ambiente mais selvagem.
Espaços com água, entre fontes, lagos, mar e rio, escolho as 5duas margens do Mediterrâneo e 6as piscinas de Anfa. Espaços para sair à noite, mantenho-me fiel ao 7Passos, enquanto esteve aberto, no horário de verão. Melhor que o Passos para beber chá, é o 8jardim da Liga Arábe, por causa da relação da temperatura ambiente com a da fervura da água. Por falar em temperatura, tive uma noite extraordinária, que eu acredito ter delirado, estava acima dos 46º - por pouco tive visões no deserto.
Quanto ao culto do saber, a 9biblioteca da Faculdade de Letras, nesta altura está disfarçada de lugar simpático e descobrem-se pérolas da impressão.
(amanhã continuo)
II
Quanto às Belas Artes, tive pena que nada no deserto habitado se assemelhasse ao que viu e pintou 10Delacroix – reconheço a distância temporal, mas ainda assim fiquei desgostosa. As estampas estavam agora emparedadas nas boutiques para turistas.
As viagens neste verão foram realizadas recorrendo a inúmeros meios de transporte. A 11bicicleta e o comboio foram os transportes eleitos, e os preteridos, no fim da lista, o 12táxi e o autocarro. Na minha opinião apanhar um táxi é talvez a pior coisa que pode acontecer a uma pessoa desprotegida. Aspectos positivos destas férias, quase extraordinários, foram estes: ver o pôr do sol sentada no muro da 13mesquita (construída mar adentro) ao lado de contemplativos e surfistas; a visita inesperada do meu irmão e as 14praias fluviais quem sobe o Douro. Aspecto negativo, uma vez que fui apanhada de surpresa, foi sem dúvida o delírio. (Teve piada que a Bronte fez uma dream machine). A economia destes dias, prendeu-se com o imposto em crédito, que aos poucos seria para trocar as alcatifas, mas que foi cuidadosamente gasto em pequenas elegâncias. Sobrou o suficiente para comprarmos lâmpadas para toda a casa - durante o dia não se notava, mas agora à noite nota-se melhor que estamos a desperdiçar energia.
(amanhã continuo, ou mais tarde)
I
Este ano gostei imenso das minhas férias enquanto acreditei que não eram férias.
Conheci sítio espectaculares que se me tocavam até me mordiam.
Um sítio muito importante foi o 1labirinto de arbustos do jardim de S. Roque, mas o que eu mais gostei foi do 2enorme roseiral do Palácio, perto das quatro palmeiras (podem ser cinco, não posso confirmar agora) que se vêem da margem sul. Em termos de espaços verdes, o 3Jardim Majorelle talvez seja mais vistoso, mas o 4nosso botânico é mais bonito por ter um aspecto negligé, e prometer um ambiente mais selvagem.
Espaços com água, entre fontes, lagos, mar e rio, escolho as 5duas margens do Mediterrâneo e 6as piscinas de Anfa. Espaços para sair à noite, mantenho-me fiel ao 7Passos, enquanto esteve aberto, no horário de verão. Melhor que o Passos para beber chá, é o 8jardim da Liga Arábe, por causa da relação da temperatura ambiente com a da fervura da água. Por falar em temperatura, tive uma noite extraordinária, que eu acredito ter delirado, estava acima dos 46º - por pouco tive visões no deserto.
Quanto ao culto do saber, a 9biblioteca da Faculdade de Letras, nesta altura está disfarçada de lugar simpático e descobrem-se pérolas da impressão.
(amanhã continuo)
II
Quanto às Belas Artes, tive pena que nada no deserto habitado se assemelhasse ao que viu e pintou 10Delacroix – reconheço a distância temporal, mas ainda assim fiquei desgostosa. As estampas estavam agora emparedadas nas boutiques para turistas.
As viagens neste verão foram realizadas recorrendo a inúmeros meios de transporte. A 11bicicleta e o comboio foram os transportes eleitos, e os preteridos, no fim da lista, o 12táxi e o autocarro. Na minha opinião apanhar um táxi é talvez a pior coisa que pode acontecer a uma pessoa desprotegida. Aspectos positivos destas férias, quase extraordinários, foram estes: ver o pôr do sol sentada no muro da 13mesquita (construída mar adentro) ao lado de contemplativos e surfistas; a visita inesperada do meu irmão e as 14praias fluviais quem sobe o Douro. Aspecto negativo, uma vez que fui apanhada de surpresa, foi sem dúvida o delírio. (Teve piada que a Bronte fez uma dream machine). A economia destes dias, prendeu-se com o imposto em crédito, que aos poucos seria para trocar as alcatifas, mas que foi cuidadosamente gasto em pequenas elegâncias. Sobrou o suficiente para comprarmos lâmpadas para toda a casa - durante o dia não se notava, mas agora à noite nota-se melhor que estamos a desperdiçar energia.
(amanhã continuo, ou mais tarde)
Thursday, August 20, 2009
Antes de viajar, um dia terrível tem a ver com uma loja de cópias.
Desde as dez da manhã, na mesma zona da cidade, estive à espera que fossem digitalizadas umas imagens a preto e branco. Por duas vezes cheguei a casa com digitalizações de péssima qualidade (100 dpi? / bitmap?).
Entretanto comprei um livro: Ana haterl-ey com os guiões do programa de tv.
Depois comprei outro: de um místico e como tal não digo o nome.
Depois ponderei o segundo da Ana haterl-ey, os relatos dos sonhos, mas já o tinha na edição antiga.
Sentei-me num café e assisti a um roubo com o troco – aliás é simples, lembrar-me-ei como se faz em caso de excepção: basta uma nota de cinco euros e consumir um café num Café, voltar duas horas mais tarde e dizer “peço desculpa, enganou-se, deu-me troco de cinco euros”, de cada vez ganha-se 9.40.
Depois ouvi da rua: “lava-me o corpo”. (Nunca mais me esquecerei)
No livro da Ana haterl-ey li um depoimento do Ernesto de S que me lembrou da colecção de cartazes que vai ver agora a luz do dia.
O Mário entretanto ligou-me da estação de camionetas quando eu estava a folhear a Bravo e lembrei-me do post dele (importante ler, embora pareça mais brando que o normal) e voltei ao Ernesto de S e à Ana haterl-ey.
Depois na rua da loja de cópias há lojas de roupa, assim da Bravo cheguei à moda. O que é a moda? Porque é que a roupa comunica? Porque é que eu comunico mesmo quando não quero? Porque é que não posso, pelo menos na roupa, desfazer-me de ser interpretada?
Para que serve a roupa senão para nos abrigar e os sapatos para proteger? Então, mais uma vez, para que serve a moda?
O Mário simplifica e torna simpática esta ideia de que vivemos um tempo determinado por aquilo que é. Neste futuro revivemos o passado, o que quer dizer que o passado já era este futuro.
E assim, voltando à loja de cópias, e mesmo que pareça injusto, tenho a certeza que pelas três vezes que tive que lá voltar foi porque pensaram que as folhas que levei eram lixo. Colagens já com pixeis, sem um contorno definido, sem cor e com peças a soltarem-se. E a acrescentar ao que as folhas comunicaram, a minha camisola com pelos de gato branco, sapatos estropiados pelo calor e saca de plástico deve ter igualmente lhes dito qualquer coisa. – A Patrícia Highsmith não conseguia empregos em revistas (escrevia argumentos para super-herois de banda desenhada durante muito tempo) porque as camisas não estavam passadas a ferro.
E depois, de um dia de dúvidas, chego a casa cheia de vontade de parar de pensar na moda (devo dar muita importância, desde quando não sei) e reflicto nas actividades domésticas e lembro-me sempre da Marta e da Maria, irmãs de Lázaro. Às custas da educação, a segunda educação pós-universitária impõe-me que anule, que me esqueça que algum dia ouvi falar destas figuras. Não se fala. Mas elas estão lá e são tão mentira quanto toda a literatura e é por isso que não vou deixá-las de parte. A Marta e a Maria representam a vida activa e a vida contemplativa.
Este post é dedicado ao Mário.
Tal como prometi antes de ir de férias.
Desde as dez da manhã, na mesma zona da cidade, estive à espera que fossem digitalizadas umas imagens a preto e branco. Por duas vezes cheguei a casa com digitalizações de péssima qualidade (100 dpi? / bitmap?).
Entretanto comprei um livro: Ana haterl-ey com os guiões do programa de tv.
Depois comprei outro: de um místico e como tal não digo o nome.
Depois ponderei o segundo da Ana haterl-ey, os relatos dos sonhos, mas já o tinha na edição antiga.
Sentei-me num café e assisti a um roubo com o troco – aliás é simples, lembrar-me-ei como se faz em caso de excepção: basta uma nota de cinco euros e consumir um café num Café, voltar duas horas mais tarde e dizer “peço desculpa, enganou-se, deu-me troco de cinco euros”, de cada vez ganha-se 9.40.
Depois ouvi da rua: “lava-me o corpo”. (Nunca mais me esquecerei)
No livro da Ana haterl-ey li um depoimento do Ernesto de S que me lembrou da colecção de cartazes que vai ver agora a luz do dia.
O Mário entretanto ligou-me da estação de camionetas quando eu estava a folhear a Bravo e lembrei-me do post dele (importante ler, embora pareça mais brando que o normal) e voltei ao Ernesto de S e à Ana haterl-ey.
Depois na rua da loja de cópias há lojas de roupa, assim da Bravo cheguei à moda. O que é a moda? Porque é que a roupa comunica? Porque é que eu comunico mesmo quando não quero? Porque é que não posso, pelo menos na roupa, desfazer-me de ser interpretada?
Para que serve a roupa senão para nos abrigar e os sapatos para proteger? Então, mais uma vez, para que serve a moda?
O Mário simplifica e torna simpática esta ideia de que vivemos um tempo determinado por aquilo que é. Neste futuro revivemos o passado, o que quer dizer que o passado já era este futuro.
E assim, voltando à loja de cópias, e mesmo que pareça injusto, tenho a certeza que pelas três vezes que tive que lá voltar foi porque pensaram que as folhas que levei eram lixo. Colagens já com pixeis, sem um contorno definido, sem cor e com peças a soltarem-se. E a acrescentar ao que as folhas comunicaram, a minha camisola com pelos de gato branco, sapatos estropiados pelo calor e saca de plástico deve ter igualmente lhes dito qualquer coisa. – A Patrícia Highsmith não conseguia empregos em revistas (escrevia argumentos para super-herois de banda desenhada durante muito tempo) porque as camisas não estavam passadas a ferro.
E depois, de um dia de dúvidas, chego a casa cheia de vontade de parar de pensar na moda (devo dar muita importância, desde quando não sei) e reflicto nas actividades domésticas e lembro-me sempre da Marta e da Maria, irmãs de Lázaro. Às custas da educação, a segunda educação pós-universitária impõe-me que anule, que me esqueça que algum dia ouvi falar destas figuras. Não se fala. Mas elas estão lá e são tão mentira quanto toda a literatura e é por isso que não vou deixá-las de parte. A Marta e a Maria representam a vida activa e a vida contemplativa.
Este post é dedicado ao Mário.
Tal como prometi antes de ir de férias.
Wednesday, August 19, 2009
Monday, August 17, 2009
1.
Segui o desenho do penteado igual ao rapaz em baixo - cartaz.
Depois das gravações da voz do WB - tem um momento com o KC.
2.
As gravações levam-me a Tanger.
Chego na sexta a 22 graus à noite.
3.
Preciso de referências que não estão aqui.
Estão nas gravações.
4.
Últimos dias:
À noite tenho assistido às partidas de criquete perto do Java - na Batalha.
Quando chegar vou estar a fazer gravações.
5.
IC -
um gigante de porcelana
Segui o desenho do penteado igual ao rapaz em baixo - cartaz.
Depois das gravações da voz do WB - tem um momento com o KC.
2.
As gravações levam-me a Tanger.
Chego na sexta a 22 graus à noite.
3.
Preciso de referências que não estão aqui.
Estão nas gravações.
4.
Últimos dias:
À noite tenho assistido às partidas de criquete perto do Java - na Batalha.
Quando chegar vou estar a fazer gravações.
5.
IC -
um gigante de porcelana
Sunday, August 16, 2009
Saturday, August 15, 2009
Friday, August 14, 2009
Thursday, August 13, 2009
CARREGAMENTO
Era meio dia.
Nós estávamos deitados na areia da praia quando chegou um enorme camião amarelo. Éramos cinco no nosso grupo e a praia não teria mais que dez pessoas espalhadas por cerca de 20 km. Tínhamos ouvido falar dos “carregamentos” na televisão, no entanto desconhecíamos a que horas se efectuariam. Estava tanta luz que o camião se eclipsou no meio das dunas. Protegemos os olhos com as mãos e ficamos atentos. Os “carregamentos” estavam a suscitar muita atenção da comunicação social e a maioria dos cidadãos suspeitava desta decisão do governo.
No entanto, ali, não nos pareceu que alguém desse muita importância.
Subitamente, ao passar de uma nuvem, a sombra que caiu sobre o camião permitiu vê-lo melhor. Este colocou-se com as traseiras viradas para o mar e perto do rebentar das ondas fizeram-se descarregar pessoas, vestidas de fato de banho, de sandálias, morenas, com todos os acessórios necessários para passarem um dia na praia.
A praia ficou cheia de modelos de pessoas atarefadas a subir e a descer a praia a caminho da água para um mergulho e crianças com baldes e pás.
Nós estávamos deitados na areia da praia quando chegou um enorme camião amarelo. Éramos cinco no nosso grupo e a praia não teria mais que dez pessoas espalhadas por cerca de 20 km. Tínhamos ouvido falar dos “carregamentos” na televisão, no entanto desconhecíamos a que horas se efectuariam. Estava tanta luz que o camião se eclipsou no meio das dunas. Protegemos os olhos com as mãos e ficamos atentos. Os “carregamentos” estavam a suscitar muita atenção da comunicação social e a maioria dos cidadãos suspeitava desta decisão do governo.
No entanto, ali, não nos pareceu que alguém desse muita importância.
Subitamente, ao passar de uma nuvem, a sombra que caiu sobre o camião permitiu vê-lo melhor. Este colocou-se com as traseiras viradas para o mar e perto do rebentar das ondas fizeram-se descarregar pessoas, vestidas de fato de banho, de sandálias, morenas, com todos os acessórios necessários para passarem um dia na praia.
A praia ficou cheia de modelos de pessoas atarefadas a subir e a descer a praia a caminho da água para um mergulho e crianças com baldes e pás.
Wednesday, August 12, 2009
---->
A exclusão é sempre uma forma de poder, quer como forma de condescendência – na sua vertente “positiva” –, quer como forma de marginalização – na sua vertente “negativa”. De acordo com Foucault, o museu, ou qualquer outra instituição, exerce o seu poder mesmo sobre objectos e sujeitos que parecem ser-lhe alheios. Ao serem excluídos pela instituição ou ao decidirem excluir-se a si mesmos participam da mesma forma no processo de confirmar o poder da instituição. No que diz respeito ao poder, tal como é entendido por Foucault, ou está a ser exercido ou então não existe – não há poder em potência. A chave é perceber que neste esquema o poder não é exercido apenas por parte da instituição, mas conta com a participação activa das pessoas sobre as quais é exercido. Se elas modificarem o modo como participam nele, o poder também muda.
-----AQUI-->
A exclusão é sempre uma forma de poder, quer como forma de condescendência – na sua vertente “positiva” –, quer como forma de marginalização – na sua vertente “negativa”. De acordo com Foucault, o museu, ou qualquer outra instituição, exerce o seu poder mesmo sobre objectos e sujeitos que parecem ser-lhe alheios. Ao serem excluídos pela instituição ou ao decidirem excluir-se a si mesmos participam da mesma forma no processo de confirmar o poder da instituição. No que diz respeito ao poder, tal como é entendido por Foucault, ou está a ser exercido ou então não existe – não há poder em potência. A chave é perceber que neste esquema o poder não é exercido apenas por parte da instituição, mas conta com a participação activa das pessoas sobre as quais é exercido. Se elas modificarem o modo como participam nele, o poder também muda.
-----AQUI-->
Tuesday, August 11, 2009
Sunday, August 09, 2009
ASSOCIAÇÕES LIVRES
ver vídeos até ao fim! é sobre importante - é sobre AMOR E POESIA e alguma
CRITIC
INSTITUCIONAL
[As associações livres são as únicas que eu re-conheço]
AMOR +
Daniel Buren +
o amor é não haver policias + publicidades de Jean-Luc Godard em Photo News em 1987/88
+ AMOR
o amor é não haver policias
Esta frase foi retirada da parede de uma rua central do Porto, perto da zona onde se concentram as galerias de arte. Colocada estrategicamente do lado direito do cruzamento onde é obrigatório parar, há já uns anos, faz-nos reflectir no que lá não está escrito. Aparentemente é contraditória, pois sabemos bem que os policias protegem-nos, vigiam-nos, controlam-nos, e não nos deixam temer o perigo e que estes cuidados significam amor. No entanto, ali diz que a policia não é amor, e que este só é possível na inexistência de policias. Ora, se lermos desta forma, retiramos os senhores vestidos de azul de cena para entender quem são afinal estes agentes de policiamento, quem é que dedica parte do seu tempo a fazer “vizinhança em vigilância”,
com que princípios e critérios o faz
e que posição assume.
O que é aqui questionado não é, obviamente, a possibilidade de fazer um juízo, mas no se assumir o que é dito como uma forma de controle e efectuar de facto esse controle a partir da posição que se ocupa.
AIGA
Today, Buren is back at the Guggenheim with a vengeance. His work occupies the entire museum and transforms Frank Lloyd Wright’s legendary rotunda space. Entering, you find all light blocked off, as you encounter the scaffolding supporting the first, and most stunning, site-specific piece, the enormous Around the Corner (2000-05). Cutting halfway into Wright’s powerful void, two massive walls, faced with large mirrored panes, rise at right angles to the famous Wright skylight, or oculus, now colored purple and white. Short, bright green stripes of equal size, about 7 inches, are spaced along the rim of the parapets. There are no paintings on the ramps; the museum is aggressively, totally, occupied by Buren. Only the Thannhauser galleries still show the permanent collection of Klees, Picassos, and Modiglianis, once shocking, now timid, opposite Buren’s transparent bands of purple, green, yellow, white or blue transparent glass triangles of The Single Freize, on the fourth floor, and the same hues in circles, arcs and lines of The Double Freize, looking over Fifth Avenue from the third floor. (...)
En 1988, Marithé et François Girbaud ont commandé à Jean-Luc Godard une série de publicités pour leurs jeans. Le cinéaste suisse s’est activé à la tâche et leur a livré une dizaine de films très très personnels. A croire que l’auteur de One+one qui composa en son temps des cinés-tracts anti-capitalistes avait abusé de substances illicites. Rassemblés ici en 3mn et des poussières, ils ne décevront pas les amateurs. Quant aux autres, ils sauront goûter, je l'espère, la séance de repassage express, assez hilarante dans le genre. Le plus drôle dans l’histoire est que les deux "jeanologues" - c’est ainsi qu’ils se qualifient eux-mêmes – n’ont bien sûr pas utilisé ces images mais n’en ont pas pour autant tenu rigueur à Godard le farceur. La preuve en est que sa propre voix nous accueille sur leur site.
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CRITIC
INSTITUCIONAL
[As associações livres são as únicas que eu re-conheço]
AMOR +
Daniel Buren +
o amor é não haver policias + publicidades de Jean-Luc Godard em Photo News em 1987/88
+ AMOR
o amor é não haver policias
Esta frase foi retirada da parede de uma rua central do Porto, perto da zona onde se concentram as galerias de arte. Colocada estrategicamente do lado direito do cruzamento onde é obrigatório parar, há já uns anos, faz-nos reflectir no que lá não está escrito. Aparentemente é contraditória, pois sabemos bem que os policias protegem-nos, vigiam-nos, controlam-nos, e não nos deixam temer o perigo e que estes cuidados significam amor. No entanto, ali diz que a policia não é amor, e que este só é possível na inexistência de policias. Ora, se lermos desta forma, retiramos os senhores vestidos de azul de cena para entender quem são afinal estes agentes de policiamento, quem é que dedica parte do seu tempo a fazer “vizinhança em vigilância”,
com que princípios e critérios o faz
e que posição assume.
O que é aqui questionado não é, obviamente, a possibilidade de fazer um juízo, mas no se assumir o que é dito como uma forma de controle e efectuar de facto esse controle a partir da posição que se ocupa.
AIGA
Today, Buren is back at the Guggenheim with a vengeance. His work occupies the entire museum and transforms Frank Lloyd Wright’s legendary rotunda space. Entering, you find all light blocked off, as you encounter the scaffolding supporting the first, and most stunning, site-specific piece, the enormous Around the Corner (2000-05). Cutting halfway into Wright’s powerful void, two massive walls, faced with large mirrored panes, rise at right angles to the famous Wright skylight, or oculus, now colored purple and white. Short, bright green stripes of equal size, about 7 inches, are spaced along the rim of the parapets. There are no paintings on the ramps; the museum is aggressively, totally, occupied by Buren. Only the Thannhauser galleries still show the permanent collection of Klees, Picassos, and Modiglianis, once shocking, now timid, opposite Buren’s transparent bands of purple, green, yellow, white or blue transparent glass triangles of The Single Freize, on the fourth floor, and the same hues in circles, arcs and lines of The Double Freize, looking over Fifth Avenue from the third floor. (...)
En 1988, Marithé et François Girbaud ont commandé à Jean-Luc Godard une série de publicités pour leurs jeans. Le cinéaste suisse s’est activé à la tâche et leur a livré une dizaine de films très très personnels. A croire que l’auteur de One+one qui composa en son temps des cinés-tracts anti-capitalistes avait abusé de substances illicites. Rassemblés ici en 3mn et des poussières, ils ne décevront pas les amateurs. Quant aux autres, ils sauront goûter, je l'espère, la séance de repassage express, assez hilarante dans le genre. Le plus drôle dans l’histoire est que les deux "jeanologues" - c’est ainsi qu’ils se qualifient eux-mêmes – n’ont bien sûr pas utilisé ces images mais n’en ont pas pour autant tenu rigueur à Godard le farceur. La preuve en est que sa propre voix nous accueille sur leur site.
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Thursday, August 06, 2009
Visitação
1« Mostruário
de Horas Tecidas
em Ambientes Pesados
e em Diferentes
Padrões Estéticos
= INDÚSTRIA -->
Revolução Industrial -->
TRABALHO : T
E
M
P
O -->
TEMPO FRAGMENTADO -->
DIVISÃO DO TRABALHO -->
William Morris / Paul Lafargue / Karl Marx / Emily Dickinson -->
FÁBRICA -->
Têxtil -->
Tecidos -->
Padrões -->
CAPITALIZAÇÃO DO TEMPO -->
DESACELARAÇÃO DO TEMPO -->
Baudelaire -->
Música Industrial -->
Morning Glory & Embriaguez -->
LAZER / TEMPO LIVRE -->
2« Como Sucedâneo de vida=
Portugal -->
Subúrbios -->
expectativas de_vida -->
F
U
T
U
R
O-NÃO-FUTURO -->
WALDEN, Thoreau -->
Evasão -->
Retirar das mãos o trabalho -->
UMA VIA
PARA A
INSUBORDINAÇÃO, Henri Michaux
3« Bar Introspectivo Ocupado =
Cultura em potência -->
Invisível -->
não
utilitário
de Horas Tecidas
em Ambientes Pesados
e em Diferentes
Padrões Estéticos
= INDÚSTRIA -->
Revolução Industrial -->
TRABALHO : T
E
M
P
O -->
TEMPO FRAGMENTADO -->
DIVISÃO DO TRABALHO -->
William Morris / Paul Lafargue / Karl Marx / Emily Dickinson -->
FÁBRICA -->
Têxtil -->
Tecidos -->
Padrões -->
CAPITALIZAÇÃO DO TEMPO -->
DESACELARAÇÃO DO TEMPO -->
Baudelaire -->
Música Industrial -->
Morning Glory & Embriaguez -->
LAZER / TEMPO LIVRE -->
2« Como Sucedâneo de vida=
Portugal -->
Subúrbios -->
expectativas de_vida -->
F
U
T
U
R
O-NÃO-FUTURO -->
WALDEN, Thoreau -->
Evasão -->
Retirar das mãos o trabalho -->
UMA VIA
PARA A
INSUBORDINAÇÃO, Henri Michaux
3« Bar Introspectivo Ocupado =
Cultura em potência -->
Invisível -->
não
utilitário
Wednesday, August 05, 2009
Nós não estamos algures
Duas conversas e uma extra.
]]]]]]]]]]]]]]]]]
ACTO UM
I - Disse a X que tinhas-me dado este objecto (arte).
D - E explicaste-lhe?
I - Não, só disse que mo deste.
D - Mas tentaste?
I - Não, só disse que mo deste.
D - Todos os trabalhos explicados parecem anedotas.
I - Todos os trabalhos explicados parecem muitas vezes anedotas.
D - Tudo tem um sentido, mesmo absurdo.
I - Que se completa no observador.
D - Mas que foge à explicação.
]]]]]]]]]]]]]]]]]
ACTO DOIS
M - Tens que me explicar aquela exposição.
I - Tenho, devo, explicar-te se me pedires.
M - Não percebi nada.
I - Devo explicar-te se me pedires.
M - Não gostei.
I - Devo explicar-te se me pedires.
M - Só gostei do objecto (arte) X.
I - Devo explicar-te se me pedires.
(sorri, sorri, sorri - a alegria é a coisa mais séria da vida : ernesto de sousa ou almada)
]]]]]]]]]]]]]]]]]
Conversa extra:
I - O que mais gostava era de todas as explicações divergentes
que os artistas que eu ouvia falar davam sobre o mesmo objecto - ou sobre os seus objectos.
N - Rídiculo. Confuso.
I - Libertador.
N - Constrangedor.
I - É jogo da linguagem. Que limita.
N - Enunciar, é válido.
I - Não queres tocar?
N - (...)
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ACTO UM
I - Disse a X que tinhas-me dado este objecto (arte).
D - E explicaste-lhe?
I - Não, só disse que mo deste.
D - Mas tentaste?
I - Não, só disse que mo deste.
D - Todos os trabalhos explicados parecem anedotas.
I - Todos os trabalhos explicados parecem muitas vezes anedotas.
D - Tudo tem um sentido, mesmo absurdo.
I - Que se completa no observador.
D - Mas que foge à explicação.
]]]]]]]]]]]]]]]]]
ACTO DOIS
M - Tens que me explicar aquela exposição.
I - Tenho, devo, explicar-te se me pedires.
M - Não percebi nada.
I - Devo explicar-te se me pedires.
M - Não gostei.
I - Devo explicar-te se me pedires.
M - Só gostei do objecto (arte) X.
I - Devo explicar-te se me pedires.
(sorri, sorri, sorri - a alegria é a coisa mais séria da vida : ernesto de sousa ou almada)
]]]]]]]]]]]]]]]]]
Conversa extra:
I - O que mais gostava era de todas as explicações divergentes
que os artistas que eu ouvia falar davam sobre o mesmo objecto - ou sobre os seus objectos.
N - Rídiculo. Confuso.
I - Libertador.
N - Constrangedor.
I - É jogo da linguagem. Que limita.
N - Enunciar, é válido.
I - Não queres tocar?
N - (...)
Tuesday, August 04, 2009
Sunday, August 02, 2009
EMISSORES REUNIDOS
Vídeos / Relógio Capital
Aquando da publicação “Relógio Capital”, o vídeo que foi realizado “Relógio Capital: Escola das Gatas”, inaugurou uma série de vídeos que lhe deram continuidade: “Aurora”, “Observadora mede em altura e em largura linhas de tempo”, “Amanhã”, “Padrão Têxtil: Não é preciso ser um Quarto — para estar Assombrado — Nem é preciso ser uma Casa — O Cérebro tem Corredores — que ultrapassam os Lugares Materiais —“ e o “Poço”.
Tendo como referência originária a publicação “Relógio Capital”, estes vídeos são consequência do texto impresso e ilustram o diálogo com o tema tratado – o tempo. O tempo que é retomado como tema, é também explorado enquanto característica própria do suporte vídeo – a sua duração temporal.
1-Em “A escolas das gatas” à mesma hora do dia, durante semanas, foram filmados três gatas à solta num atelier de um artista, apanhadas a brincar com o material espalhado pelo chão ou a dormir. Com este vídeo revela-se, metaforicamente, o prazer no jogo e no aproveitamento da existência em actividades prazenteiras. Contrariando a ideia de um existência apenas direccionada para o trabalho.
2-Em “Aurora” uma jovem vestida e maquilhada de arlequim pratica exercícios básicos de bateria como processo de libertação. Fá-lo através da escolha do instrumento e pela força empregue como também através do deambular entre ritmos, improvisando, alterando constantemente a direcção da sua procura musical. “Aurora” é igualmente homenagem a Nietzsche: o toque dos tambores que anunciam um tempo novo, um novo dia, uma nova moralidade e, enfim, o despertar para uma nova vida e é o titulo de um livro seu datado de 1881. O tempo de “Aurora”.
3-“Observadora mede em altura e em largura linhas de tempo”, surgiu da leitura da biografia de Patrícia Highsmith que possuía viveiros de caracóis para lhes observar o comportamento e sobre os quais escreveu um conto - “O observador de caracóis”- e do conhecimento da prática “desportiva” dos observadores de caracóis e das suas motivações. Os caracóis como animais de lenta locomoção, proporcionam a quem os observa uma desaceleração do ritmo, ou mesmo uma suspensão do tempo real, quotidiano. Assim, os observadores de caracóis exercitam exemplarmente duas importantes actividades: a contemplação e a introspecção.
[Na cidade Deep River, em Ontário, Canadá – referência constante nos filmes de David Lynch - antiga cidade-abrigo de cientistas e técnicos a trabalhar na Central Nuclear de Chalk River Nuclear Research Laboratories esta prática era muito vulgar constituindo-se inclusive uma sociedade ou clube: Society To Watch The Snail Watchers.]
4-Em “Amanhã”, foi filmado um antigo parque infantil construído em pleno Estado Novo, contendo um palco, um anfiteatro, esculturas evocando máscaras de civilizações ancestrais, zigurates e colunas gregas, em betão, compondo uma espécie de parque temático civilizacional. Esta ruína está localizada atrás da Faculdade de Belas Artes e entre a praça da Alegria e o sítio onde se realiza a feira semanal da Vandoma. O vídeo resulta de uma colagem de imagens paradas, que no conjunto fazem um retrato aproximado do sítio. Quer a configuração como estado de destruição em que se encontra e a inactividade (desde há muito os parque infantis de betão estão proibidos) deste parque numa cidade da actualidade, proporciona-lhe uma dimensão irreal e atemporal.
"Amanhã" é também o título de uma publicação anarquista portuguesa datada de 1910. De entre os seus artigos, destacam-se as discussões em torno do amor livre, da pedagogia libertária, do ateísmo, «rompendo com todo o passado, sem respeitar nem ídolos, nem deuses, nem dogmas, nem preocupações». Tanto a revista, os temas abordados, como o registo deste “Amanhã” é representativo de um tempo sem tempo.
5-“O Poço” surge de filmagens realizadas ao anoitecer de uma das antigas entradas para o subterrâneo da Avenida dos Aliados. Enquanto as outras duas foram tapadas, à superfície, por pavimento novo, esta escapou e mantém-se sendo uma entrada para sítio nenhum. A ideia de começar as filmagens surgiu em conversa com um amigo que teve um sonho com esta entrada em funcionamento, da mesma maneira que um amputado sente dor num membro fantasma passados muitos anos sem essa parte de si mesmo. A escadaria da entrada ainda tem utilidade, serve de pequeno atalho entre a Rua 31 de Janeiro e a Estação de S. Bento e tem grande movimento durante o dia - para além de que ainda alberga num patamar da escadaria uma tabacaria com clientela habitual.
6-“Padrão Têxtil: Não é preciso ser um Quarto — para estar Assombrado — Nem é preciso ser uma Casa — O Cérebro tem Corredores — que ultrapassam os Lugares Materiais”
Inicia-se com a filmagem de um vaso contendo uma planta vulgar chamada Morging Glory - nome comum (em língua inglesa) atribuído a esta planta que frequentemente se avista nas bermas de estrada, em terrenos baldios e em jardins que crescem espontaneamente no meio da cidade. É cientifico que o consumo das suas sementes em larga escala produz um efeito alucinatório semelhante ao LSD. Os consumidores afirmam que o intenso efeito pode prolongar-se por mais de 7 horas seguidas.
As filmagens realizadas num ambiente doméstico, num quarto, com o referido vaso em cima de uma cómoda, são alternadas com filmagens de um caleidoscópio de pedras coloridas. No vídeo alternam-se os momentos do vaso e do caleidoscópio durante o tempo necessário para que o observador se interrogue sobre a natureza das imagens e de que forma se podem associar.
Associa-se ainda a ideia de padrão, de matriz que se repete, uma vez que o desenho desta planta foi explorado graficamente durante o período da arte nova e arte deco. Assim, à familiaridade da planta com o observador acrescenta-se o incomodo de a ver sobre uma nova perspectiva – a de uma substância alucinatória.
Saturday, August 01, 2009
GELADOS ESQUIMÓ A 45M DE COMBOIO, escreve-se num caderno.
cinema e teatro
Cine-parque
bilhares
Desporto
sofá-cama
azulejos
cartomantes
a terra como um ser vivo
Outra fonte que nos fica de acesso à informação primordial está nas diversas linguagens que não sejam a linguagem escrita ou oral.
as crianças indefesas
anti-autoridade
teatro amador
elixires
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