Wednesday, October 31, 2007

1. NOVEMBRO: DIA DAS BRUXAS

LALALALALARTES! ARTIGO SOBRE MUSICA

A MINHA HOMENAGEM AOS MÚSICOS PORTUGUESES NO ARTIGO DA REVISTA, MAS QUE NÃO FOI PUBLICADA, FICA AQUI REGISTADA! PLIM-PLOM!
Estás a par da existência, em Portugal, de outros artistas que também integraram elementos do universo musical nos seus trabalhos? R:Sim, gosto particularmente do trabalho do Pedro Tudela e do António Olaio. O A.Olaio já vem de 95. Quando entrei na Faculdade, estava reservada uma semana para actividades de recepção aos alunos recém-chegados que os ajudava a integrarem-se na faculdade sem passarem pela praxe. Nessa semana exibiram os vídeos do A.Olaio duas vezes, e eu apareci as duas vezes, a primeira para decorar as musicas (e especialmente as letras) e depois repeti a dose para fazer um género de karaoke! As músicas do Olaio + João Taborda, talvez mais que os vídeos, o lado visual do seu trabalho, têm um poder encantatório sobre mim. O humor é muito parecido como o meu. Perto desta referência está o João Vieira que me irrita visceralmente tanto quanto me seduz. Tem rimas lindíssimas, ritmos e melodias incríveis, faz canções como se fosse um marinheiro com a embarcação encalhada num porto assombrado, ou como um pirata perdido em alto mar a morrer de tédio, um nobre medieval vicioso, sujo e mau, um apresentador de circo enganado pelo próprio macaco, e por aí fora. Tudo isto que descrevo, tal como assistir a um concerto dele sozinho ou acompanhado, tem uma camada de gordura acastanhada (cor de álcool velho!) que lhe dá uma certa aura. No entanto, o lado burlesco-romântico-decadente da coisa perde-se, quando hiper-sexualiza a figura feminina da pior maneira – não é sujeito com identidade e vontade próprias, mas antes um adereço, um objecto de uso e acesso garantido. Dos dois, que são pintores, gosto muito das pinturas e acho que são imagens musicadas sem se ouvir som! Por contraste, o Pedro Tudela, que também é pintor, do trabalho dele sozinho ou em colaboração com Miguel Carvalhais, com a Lia, ou outros, seduz-me o lado experimental, da experiência do som por si mesmo. Recentemente tive oportunidade de assistir a uma parte do seu processo de recolha de sons e mais tarde de assistir a um concerto. Durante o concerto senti-me paralisada, com o corpo dormente e extremamente concentrada no som. É uma viagem para sítio nenhum, o que nos faz muito bem (pelo menos eu gosto bastante), para refrescar, não ir a um sítio conhecido ou imaginado. Quanto muito podia ser a um deserto lunar ou a uma cenário minimal com pouco mais que uma linha de horizonte. Do registo do Tudela aproximam-se os Calhau que são meus amigos e que são um projecto musical brilhante com ideias sempre excelentes e totalmente maquiavélicas para cada concerto. O material gráfico que desenvolvem para cada exposição é uma explosão de elementos do psicadelismo dos 70, com pózinhos da actualidade.

site da revistaAQUI.

PROGRAMA MOLDURAS// podcast:link!




“O que significa ser-se artista neste país?”
Anteninhas no ar!

O programa Molduras, da Rádio Antena 2, da responsabilidade da Teresa Pizarro, dedicou um módulo especial ao estado da Arte em Portugal. São seis depoimentos – Ricardo Nicolau, Delfim Sardo, Luísa Cunha, João Fernandes e Isabel Carvalho.

Sou queixinhas, de voz fraca e acelerada. O tempo era curto e havia muito para dizer. Penso que tenho razões para estar contentita e satisfeita, como também agradecida à Teresa pela iniciativa. Vai havendo consenso em alguns pontos (!) em outros, não! (Ui! Ouvir tudo de uma vez dá calafrios!)

Sinto falta neste módulo de mais depoimentos de artistas, afinal era sobre eles que se debruçava o programa. Assim, caio ali que nem a ovelha negra. Para os outros convidados está tudo – aparentemente - bem encarreirado!
Artistas e comissários agitados, colecções em movimento. BHA!

Eu e o JF andamos aos encontrões, é o destino! Aconselho a audição dos 2 em simultâneo, com um volume razoável, e entrar em colapso em segundos!

Na realidade eu gosto dele. E acho que ele tem uma sorte desgraçada por isso, hehehe. O “sim” e o “não” andam lado a lado e ninguém o apanha por isso...quer dizer, entendem e concordam os do “não” e em simultâneo os do “sim” - agrada a todos. Mas, com a devida atenção, limpo e decifrado o discurso a coisa faz sentido.

Entrevista aqui.

Tuesday, October 30, 2007

Saturday, October 27, 2007


Poema do dia, que talvez seja usado no concerto. Chama-se o "Cão visionário"
Um gato doente
Todo engessado
Comeu um canário
Todo atarantado

Um gato doente
Estava enfadado
Encontrou uma serpente
Em pleno mercado

O gato adoentado foi esganado

A serpente cortou-se com o pente

O canário voou e o cão...

SHE DID SOME SHIT!


Esta é a mulher do tipo que bem mereceu que lhe apagassem o desenho! Chama-se Elaine.

Há dias como o de ontem, que começam assim, suavemente, a prometer muito. Mas aos poucos, e a começar logo pelas 9h, tornam-se sombrios.

Dou conta, logo de manhã cedo, que lá estou eu, outra vez, a não acreditar no que estou a dizer! Pior seria dar aulas de História – não consigo gostar de História, só mesmo de estórias. Falar das regras e esquecer as excepções, não referir factos importantes e determinantes que se esqueceram de escrever nos livros. Quais serão as regras das excepções?
Voltando ao dia, importa só dizer como acabou: recolhi todos os meus males num bilhetinho e depois encharquei-o para que desaparecessem. Certinho foi ver a salada de fruta a rodopiar no lavatório em duas sessões.

Penso que me portei muito bem dadas as circunstâncias - só deixei para trás a máquina fotográfica. Agradeço o amável patrocínio de todo o meu consumo ao Gonçalves e ao Mauro. Obrigada rapazes! Agradecimento especial à familia Simpson que sabe o que é perder a cabeça! hahahahhahahaha!

Wednesday, October 24, 2007

BOA NOITE, ISTO E UM PROGRAMA DE RADIO!

... e assim será with the good speed!
E o Pedro, de Canidelo, deixou este video para todos verem quando tiverem paciência. O titulo do video é "shaved women" e fica aqui para ilustrar, compor e decorar este post.

(Um post inacabado, para continuar durante a semana)

Eu nunca fui à Finlândia, mas acho que os Finlandeses são muito inteligentes. Fora a Nokia, e toda a tecnologia, o direito ao sufrágio desde o início para homens e mulheres, aquando da independência, há cem anos atrás, e mais uma série de virtudes, eles sabem o que é tornar a vida pública muito interessante. Encontrei uma revista sobre Arte Contemporânea, financiada pelo Ministério da Cultura Finlandês e tomei conhecimento de uma exposição que esteve patente no Kiasma (o Museu de Arte Contemporânea de Helsinkia). O conjunto de obras esteve longe de ser bem recebido quer pela crítica e quer pelo público em geral, devido à qualidade, à pertinência e ao interesse das mesmas. O que se questionava era a selecção das obras: com que critérios?

O que me surpreendeu foram os colaboradores desta revista jornalistas, críticos e escritores que rebentaram com a exposição, sem qualquer constrangimento! A revista não é dedicada apenas a este assunto em particular, mas este estende-se por algumas páginas. A revista trata de muitos outros assuntos bastante interessantes pela escolha que é feita pelo corpo editorial, mas também pela forma rigorosa como são abordados e pela profundeza sem serem maçadores. Mas, voltando atrás, quando falam desta exposição...não se poupam.

Um senhor em particular diz o seguinte: ”That is why I want to Express a timid wish to the people of Kiasma: Please be brave and put an end to the ARS tradition with the current show for good. CONCENTRATE ON MAKING GOOD THEMATIC EXHIBITIONS!!”. E esta é uma parte, porque ele vai continuando a divagar entre os seus sonhos e desejos para o Kiasma e dizendo o que realmente sente perante uma exposição daquelas (mas não só, também sobre o Museu no seu funcionamento em geral). Claro que eu deveria explicar melhor a natureza da exposição e assim o farei mais tarde, mas para onde eu gostava de direccionar este post era para a atitude do jornalista. Aqui, aqui mesmo, em qualquer parte do nosso país, um jornalista na mesma situação morreria de medo de a) ter uma opinião; b) ter a iniciativa de a divulgar; c) ter a coragem de o fazer neste contexto! Vá lá avaliem a simplicidade dos dados. Aqui, o nosso jornalista teria receio (com razões para recear até da própria sombra) de chegar a metade do que este senhor disse.

Já há algum tempo me apetece fazer um trabalho sobre “biting the hand that feeds you!”.

EXCESSº OF BUTTER...& COOLNESS


ºExcess is a state of something being present beyond a requisite amount!!!! XIU XIU!

She's a Killer Queen
Got that agility
Dynamite with a laser beam
Guaranteed to blow your mind
Anytime

Monday, October 22, 2007


Na próxima semana inaugura o Rauschinhas! Resistência ou quê?
E em 1983, ele ganhou um Grammy!
Best Album Package: Speaking in Tongues, Robert Rauschenberg, art director (Sire/Warner Brothers)

Sunday, October 21, 2007

E CADA UM VAI SENTINDO O QUE SENTE

Vou passar três dias fora. E queria muito deixar aqui alguns recados e poucas palavrinhas.
a. Era uma vez eu com dinheiro na carteira e era uma vez eu sem nenhum dinheiro e muitas dividas. O meu governo é fraco e amanhã estarei a comprometer-me com mais um pequeno empréstimo ou a pedir uma doação ao meu pai. Com este susto, acabei de decidir assumir a dependência que tenho às sms. O dedal já não cabe no meu dedo polegar por alguma razão: está musculado. Por esta razão, tenho que pedir a toda a gente, que me dê uma ajuda. Não me perguntem nada por sms, sejam directos e afirmativos e eu lá apareço no sítio e na hora marcado.
b. Entretanto, a mais um malandro decepcionado pelas coisas da vida que me pareceu à frente, respondi: “vai para casa que isso é sinal de saúde; felizes os insatisfeitos!”. E cada um vai sentindo o que sente. Nem melhor nem pior. Tenho lá eu capacidade de ajuizar estas coisas.
BLUE MONDAY

OBRIGADA: LUIS, INES, PEDRO, ANA, MAURO, LILI, CATARINA, DAVID, MARIO, ....



Friday, October 19, 2007


Na noite de sexta-feira a cidade estava morna.

As leituras começaram pelas 23h enquanto ainda pingavam amigos. Os meus dedos em prata, os múltiplos anunciados da série C, estavam prontos e tão imperfeitos quanto eu desejava: as unhas partidas, as impressões digitais desbotadas e marcas de rugas que não existem na realidade. A Estefânia dedicou-se seriamente a fazer correcções, mas desde o início que eu estava feliz com o resultado. A Inês, a actriz que fez as leituras, acompanhada pelo Luís, vai receber um anel da Estefânia como forma de pagamento, deste modo consigo que um círculo de colaboração entre diferentes áreas se configure! Eu servi bebidas com algum mau jeito e ia-me sentando de vez em quando, depois de todos servidos e entretidos, a ouvir as crónicas.
Muito cedo encerramos a sessão e arrumamos o espaço, combinamos encontro no PÁSSAROS (“Passarinhos” da A.N., esta aproximação correu bem dada a temática da noite), porque estavam lá os CRÓNICA (numa noite de leituras de crónicas!) e o Olaio. Ainda não tenho distância para avaliar o lançamento, mas o comentário de todos foi muito positivo. A minha ansiedade, já bem conhecida, fez-me pensar que a noite estava, de facto, muito morna.

Chegamos ao PÁSSAROS e consegui enfiar-me dentro da sala e ouvir o Olaio. Apanhei uma música, sobre Poesia (isto condicionou-me o fim de semana, mas já lá vamos), e ele estava igual e surreal como há 12 anos quando o vi pela primeira vez na Faculdade. Reparei então, que ali também, a noite estava morna. De seguida começou a sessão CRÓNICA. Foi pump. Confuso para quem quer dançar, mas muito bom para ouvir e bater o pé. O David achou o mesmo e a Ana ainda conseguiu encontrar a pose e o ritmo. Na pista, uma rapariga, bailarina certamente, tornou o momento irritante, roubou-nos o protagonismo e todo o brilho de palhaças e animadoras da pista. Ali também, não havia forma de ficar quente, nem frio.

Convenceram-me a ir a Lisboa, a deixar todos os planos para Sábado, onde se incluía o lançamento do Carlitos, a publicação da Lígia e do Marco, para assistir a uma Masterclass de um dos ROMA, o RO. Ressaca, no topo de outra ressaca, nenhuma de álcool ou outras substâncias, deitei-me para acordar horas depois. Pequeno almoço obrigatório no terraço dos meus pais para o lado de Custóias, de seguida uma viagem no banco de trás, com o laço do cinto de segurança e a escorrer baba pelo queixo – dormi duas horas.

A noite e a cidade de sexta, acabou na de Sábado por mais morno que tenha sido, foi muito agradável. A Ana e o David regressaram a Falmouth; ainda penso na letra e na performance do Olaio (quem me dera estar tão à vontade no palco!); comprei dois livros de poesia por causa daquela última música (eu não gosto de poesia); gosto mais dos CRÓNICA que antes (para além de serem mais animados, ganharam em qualidade, e eu consigo provar o que estou a dizer); vou amanhã comprar o anel para a Inês e tentar conhecê-la melhor; vou pedir à Estefânia um “alter” dos dela para usar como brinco e vou ligar à Lili para ver o Carlitos.

Thursday, October 18, 2007

ATE AMANHA! [BERTH MORISOT - PORTRAIT OF JEAN]


LANÇAMENTO WANDA
DIA 19.09.07
pelas 22h
Galeria Quadrado Azul, Q2
Rua Miguel Bombarda, Porto
editorabracodeferro@gmail.com
http://braco-de-ferro.blogspot.com
AUDIENCIA/PERFORMANCE/OPORTUNIDADES/...
TURCOS/AUTO-INICIATIVA/ESPAÇOS/ALTERNATIVOS...
ALTERNATIVA/MIUDAS/BANDAS/GRUPOS/MUSICAS...
BERLIN/ANOS80/AUDIENCIA/PERFORMANCE/OPORTUNIDADES/...
NEW WAVE/IMPROVISO/NOISE/...

Wednesday, October 17, 2007

DO ESPAÇO!



Os robôs de prevenção de spam do Blogger detectaram que o seu blogue tem características de um blogue de spam. Uma vez que é uma pessoa real que está a ler este texto, provavelmente o seu blogue não é um blogue de spam. A detecção automática de spam é naturalmente imprecisa e, por isso, pedimos desculpa por esta falsa afirmação.

Recebemos o seu pedido de desbloqueio a 17 de Outubro de 2007. Em nome dos robots, pedimos desculpa pelo bloqueio do seu blogue protegido contra spam. Aguarde pacientemente enquanto analisamos o seu blogue e verificamos se o mesmo está protegido contra spam.

Tuesday, October 16, 2007



Logo nesta altura foram implicar com os meus blogs. A censura no blogger, myspace e flickr (são os sítios de depósito que os meus amigos usam mais), é complicada de se resolver. Quando menos se espera deixam-nos um aviso a dizer que vão remover o blog. Neste caso foi o BRAÇO DE FERRO. Não me parece haver alguma razão para isto – não tem linguagem ousada, nem fala de pénis (bem, toda a gente recebe spam e sabe como é), nem tem imagens violentas, etc. Quanto muito vende, mas não comercializamos directamente pela web. Informamos apenas o valor.

Bom, neste momento está em observação. Há uma equipa que o vai analisar e até chegarem a um veredicto (se é prejudicial para alguém ou não, é essa a questão) não se pode aceder. Pedimos desculpas por isso. Com um bocadinho de persistência vão tentando que logo, logo, o blog estará de volta.

Suspeito que eles suspeitem que somos uma máquina geradora de spam! Como se comprova que somos humanos? Com as letras torcidas!? De certeza que os bons spams sabem distorcer letras.

A noite de ontem foi de Rivolição JÀ! Que venham mais noites destas, com música (da fanfarra frics!) compromissos, comprometimentos, com consciência e com um copo de vinho tinto!

Sunday, October 14, 2007

PROCURAR LETRA P E ENGOLIR OS L

Agarrei agora num chávena de chá verde e daqui a nada apago-me.
O dia foi intenso e só me apetece deixar aqui uma nota a dizer “Nós bem te avisamos, agora f-de-te!”. Peço desculpa pela linguagem , mas não podia ser outra dadas as circunstâncias. Sou bastante bem educada, mas o momento fez-me recuperar todos aqueles anos que não disse uma única palavreta. É que hoje, a uma velocidade incrivelmente acelerada, dei-me conta da evidência dos factos a propósito do livro oficial de Arte Portuguesa Contemporânea que já está à venda na F.aN.tA.stiC.a. Sabia que tinha sido lançado, mas ainda não o tinha visto e consultei-o em casa de um amigo. Ali nem vale a pena aplicar as cotas, está bem explicito os limites do nosso território nacional. Muito mais pequeno do que eu pensava, hum! Vamos, de qualquer maneira, o meu chá está a acabar, e este textito não tem (para já) grande consequência. Queria só fazer um breve apontamento (maldoso) e também ele auto-critico, mais ou menos disfarçado, ao modo como nos damos conta do que se passa por aqui e por aí.
Why, why, why, why, why, why,wwwwwwwhy, wwwwwwwhyyyyyyyyyyyyyyy!
Why, why, why, why, why, why,wwwwwwwhy, wwwwwwwhyyyyyyyyyyyyyyy!
Why, why, why, why, why, why,wwwwwwwhy, wwwwwwwhyyyyyyyyyyyyyyy!
Why, why, why, why, why, why,wwwwwwwhy, wwwwwwwhyyyyyyyyyyyyyyy!
Why, why, why, why, why, why,wwwwwwwhy, wwwwwwwhyyyyyyyyyyyyyyy!

Friday, October 12, 2007

...ACIMA DE TUDO PORQUE GOSTAMOS DO TRABALHO QUE FAZEM E DEPOIS GOSTAMOS DELES!


Editora
Braço de Ferro (Arte & Design)

Começamos a publicar em conjunto por volta de 1998. Eram publicações pequenas fotocopiadas que se vendiam praticamente todas no lançamento. Entramos a sério na edição uns anos mais tarde com o SI (Satélite Internacional) e depois desanimamos. Estávamos endividados e as revistas dificilmente se vendiam. A tiragem já era baixa e ainda assim carregamos aquele peso debaixo dos braços de atelier em atelier.

Voltamos agora à edição com a Wanda e temos já uma série de publicações previstas. Há contudo há algumas novidades. Livramo-nos de mais alguns limites que nos aborreciam.
- Não há um formato definido: não é redondo, nem rectangular, nem regular, nem irregular, podem ser todos. Não tem assunto ou tema central: pode ser sobre sapatilhas e pastilhas, os espaços cheios e os vazios, os ângulos rectos e os agudos, as escadas e as modelos das academias, as musas e os pintores, as costas das cadeiras e as bacias de porcelana, etc. Ainda não tem público alvo definido, mas tem admiradores. Definitivamente não há prazos a cumprir.

Regressamos sem dinheiro. Voltamos a ter algumas dividas e rendemo-nos à generosidade dos outros. Queremos conceber, produzir, imprimir, e distribuir publicações de vários artistas e designers, acima de tudo porque gostamos deles e depois porque gostamos do trabalho que fazem.

1) Por vezes penso que estou-me a desviar a passos largos do meu plano de vida.
Tenho desejos por realizar e tenho realizações que nunca sonhei ter. Este fim de semana vou-me dedicar à entrevista da Trina Robbins! E esta tarefa caiu-me nas mãos sem que eu sequer a desejasse. Pois bem, ela é a Sra. Herstory da BD, por isso abram alas para ela!
2) Já comecei a entrevista e entretanto meti-me no Messenger a conversar com o K e lembrei-me desta bonita composição que ele fez para uma fanzine (sim, sim, sim, eu trato as fanzine como se fossem raparigas, porque o sexo feminino lhes assenta melhor !). Gostava de mostrar mais os desenhos que ele fazia. Fica para mais tarde.

Thursday, October 11, 2007


Ontem de manhã fui às compras na bdmania – actual mundo fantasma - e comprei álbuns de 1995 a preço de 2008! A parte positiva é que comprei Bd e que vou lê-la toda ainda hoje à noite. A parte negativa é que a Bd não é, e nunca foi, um bem de consumo acessível a qualquer um. A segunda parte “fixe” é que encontrei uma autora de BD que desconhecia, Carol Swain, com uma história particularmente interessante – “the invasion of the mind sappers”. Sub-sub-parte fixe, os desenhos (a técnica, as escolhas dos pontos de vista e domínio do claro/escuro) são muito parecidos com o Markus Huber. A história também não fica atrás! O que faz ela agora?

[Imagem dedicada a todos os que cultivam o fecho aberto - na realidade este foi um acidente...como todos os fechos abertos!]


Lançamento da WANDA
Ed.Braço de Ferro
19.10.07-----22h
Gal. Quadrado Azul
Rua Miguel Bombarda

http://braco-de-ferro.blogspot.com/

Wednesday, October 10, 2007

DIA DE ENSAIO!!

Tuesday, October 09, 2007

EMAILS SEM RESPOSTA...



MM,
it's very difficult for me to understand you...
Are you sure you want to maintain any contact?
Whatever is in your mind, please let me know what kind of dialogue we can have.
I wish to know your idea for the next project.
And if you want I can send you a feedback.
all the best, XX
_________________________
YY,
I don't like that painting because I wrote there "Fuck Here" (Fode
Aqui) and I erased it in order to sell it...the title is still the
same!...but now it's only a landscape!
It doesn't even look like mine!

Should I believe you? Are you lying?
If you are feeling annoyed you should go out more times and get away from art scene once in a while! Anyway, I always felt I didn't know you enough to find out what could amuse you!

In my case, I'm terribly simple, I get a good time easely by doing my things and annoyng the others...
all the best, XX
_________________________
BB,

I did like it at the beginning but I think it's too abstract for me...
I'm sure I will get back to them very soon.

Yesterday I stayed until late at night doing a poster for a mask party
organized by the school I work for...and I used a cat! You may like
it...
all the best, XX

Monday, October 08, 2007


BRAÇO DE FERRO
BF#01
WANDA
............................................................................
As fantasias (no formato que se desejar) permitem que a procura da sexualidade de cada um - as suas nuances, os seus limites, a exploração dos seus segredos e desejos mais ocultos - seja uma experiência em si bastante satisfatória de autoconhecimento e de crescimento individual. Isto porque, antes de sermos dois (3, 4, 5...), somos um!
.............................................................................
COLECÇÃO DE CRÓNICAS ERÓTICAS FEMININAS
Autoras Anónimas- Escritas entre 24.08.06 e 27.05.07
ORIGINALMENTE PUBLICADAS wanda

TEXTOS DE INTRODUÇÃO Ana Butshke, Lígia Paz e Wanda
REVISÃO EDITORIAL Braço de Ferro
REVISÃO DO TEXTO Pedro Vieira de Moura
CONCEPÇÃO GRÁFICA Braço de Ferro
TIRAGEM TOTAL 200 exemplares
SÉRIE A 100 exemplares --- publicação --- 2 euros
SÉRIE B 90 exemplares --- publicação + cartaz --- 10 euros
SÉRIE C 10 exemplares --- publicação + cartaz + múltiplo ---
15X20cm / offset p/b / capa 2c / 72p / PT

09.2007

Sunday, October 07, 2007

O EXITO DOS ANTI


A gestão de um espaço para expor é sempre uma função extremamente complexa. Não me refiro propriamente à montagem de uma exposição, no sentido mais oficinal, mas da disposição de obras num dado espaço. A palavra inglesa display talvez seja mais exacta e completa.

Existe uma forte tensão entre o espaço e as obras. O espaço nunca está vazio. As obras são sempre intensas. Ambas as partes estão sobrecarregadas de sentidos e nenhuma das partes pode ser menosprezada ou considerada mais relevante que a outra.

Por mais que deliberadamente se anulem, espaço e obras, nunca tal é possível de todo. A higienização do espaço e transformação em white cube, deixa-nos, em último caso, com a configuração do próprio espaço para resolver– a sua planta, a sua escala.

Quando um espaço é preenchido de obras, sem que haja um reconhecimento desse espaço e apenas se reflecte na articulação das obras em si ou, por outro lado, quando o espaço é principal e as obras o “decoram”, o resultado é pobre.

Estas questões, acontecem e resolvem-se com os comissários que partem de um mote, de um tema, de uma ideologia, de uma escola, de um pensamento, de um capricho ou da sua vaidade, para conceber e organizar exposições. Existirá, explicitado e tornado público ou não, um critério - sendo que a ausência de um critério é também ele mesmo um critério.

O critério de selecção de artistas, de obras e de espaços, e a gestão destes três aspectos é, na prática, condicionada fortemente por diferente frentes, desde a questão económica, à inexistência de todo o tipo de apoio logístico e ainda ao capricho dos artistas.
No entanto, trabalhar condicionado não retira a necessidade de se fazer um esforço autêntico para resolver a complexa situação de dispor obras num dado espaço. Ou seja, não se deve perder, ou pelo menos deve-se evitar perder a todo o custo, o sentido de uma exposição.

Parto sempre do princípio que para um comissário cada exposição é um statment.
E é à luz deste princípio que analiso qualquer exposição. Dou especial reparo às suas intenções e depois às condições de realização que podem ficar muitas vezes aquém do esperado.


Sobre o artigo L+Arte
Não sendo a minha intenção gritar mais alto que ninguém, gostaria de dizer que se o meu vestido amarelo era curto, o meu decote exagerado, o meu baton demasiado vermelho e o perfume intenso, me tornaram no elemento ruidoso da festa, penso que não tenho que pedir desculpa por isso.

Queria também dizer que fiquei contentíssima por partilhar a sala com o Tabarra, que pelo vistos acabou por ser o único a escapar à lista dos eventuais lesados do ruído da minha peça.

Wednesday, October 03, 2007


Voltei à escola na condição de repetente. Não me cansei de repetir durante toda a semana o quanto isto era importante para mim, mas demasiadas vezes obtive a mesma resposta: “tu não reprovaste, desististe!”. Eu bem que dizia que isso tanto dava, que não tinha importância nenhuma, mas no fundo, acho que sentia uma certa desilusão. Na segunda-feira quando entrei na Secretaria da Faculdade, uma das funcionárias, entretida a atender mais um aluno e a tentar encaixá-lo num ano e numa turma qualquer, andava à procura de um dossier, que por acaso estava em cima do balcão, para entregar a outro funcionário, de uma tal aluna do MDI. Era eu. Debrucei-me para ver o que estava lá escrito e dizia em letras bonitas, escrito a bic - REPETENTE!

Então voltei à escola, fui à primeira aula e começa aqui o meu post de hoje.

Estava na aula de História do Desenho – o caminho que me levou a optar por esta disciplina é longo – e apontei coisas que tinha que fazer, do tipo: cabeleireiro, Rita, Laura, madeixas e tela. E estava em modo MDI - Mestrado Design de Imagem (ups!). Depois comecei a elaborar uma teoria da conspiração tipo: qualidade, efemeridade, talentos móveis e capitalização. Comecei a pensar que tomava um café para não me envergonhar em frente do professor B e não fazer as fitas que fiz no outro primeiro semestre. Falamos de literature artistic e gostei muito, depois de Alexander Cozens – meu Deus! há quanto tempo não ouvia falar deste tipo, o tal do método das paisagens a partir dos borrões de tinta!! –e mais tarde do Itten e da ginástica matinal que fazia com os alunos da Bauhaus! Depois, iniciei uma série de desenhos super-modernistas, brincadeiras formais com elementos geométricos até os juntar aos grupinhos e chegar a candeeiros! (Foi inevitável chegar à configuração de um objecto familiar, afinal é para aí que tenho a minha tendência) Estas referências vinham de trás e misturavam-se com outras que eu desconhecia, e apareceram articuladas no contexto da apresentação do programa da disciplina. Estava tranquila e deixei-me cair outra vez na moleza. Até ter ouvido o seguinte: “Nós que somos pintores temos que falar com as mãos!”. Penso que é uma tradução livre de uma citação de um artista do Séc. XVII. Estava incrédula, voltei à faculdade sem dúvida. Voltei ao momento em que um professor me mandou, a mim e à Natacha, um trabalho de casa: fundamentar se o graffitti era ou não arte! Eu disse que era, que era sim senhor! A minha colega disse que não. Eu defendi a minha postura com um fio de ideias muito básicas e bem intencionadas. A resposta do professor foi do género: “dá abracinho e beijinho e voltem a ser amigas!”. “Mas, mas, quem tem razão?”, perguntei, achando que é o mínimo que posso receber em troca do meu esforço. “Isabelinha, Isabelinha, há Arte com “A” grande e arte com “a” pequeno! Percebes!?”. “Sim, percebo. Tenho que dizer que sim, mas olhe que não concordo!”.

E assim se afirmou mais uma vez a minha má conduta. Eles (professores) todos me avisaram, explicaram tudo como devia ser e eu combinei com eles que aceitaria, mesmo sabendo que lá no fundo que nada daquilo era verdade. Foi difícil, mas habituei-me e não reprovei até me ter esquecido do “combinanço”! Dar aulas é difícil, principalmente nestes nossos tempos modernos – “Eu sou professor de História, mas a História não existe como uma sucessão cronológica de factos ! É tudo uma interpretação, uma violência, uma injusta deturpação do que aconteceu, odeio-me e quero morrer! Mas vocês têm que saber de História, por isso cancelamos por uns momentos o estudo das novas metodologias e voltamos a elas mais tarde, Ufa!”.

Mas bom, tenho mesmo que voltar à citação do pintor do Séc.XVII. Agora entendo o que se tem passado nos últimos tempos que me desgasta tanto. Eu estava no caminho da discórdia e encontrei-me de novo com a bonança das palavras sábias. Há muitos meses atrás, a senhora da plateia, meia escondida, em Serralves, bem disse “as obras, preocupem-se com as obras!”. Queria dizer que as obras falavam por si, por intermédio das mãos do Pintor, artista genérico. Queria dizer também que este não tem boca para falar, só mãos...a força das mãos por vez de uma parte da cabeça! Penso que as mãos batem palmas e fazem ruído, mas não articulam palavras, logo estão excluídos de um discurso legível e controlado!

Concordo com o valor das obras de arte por si mesmas, sem bilhetinhos explicativos. Há as que nos comovem violentamente (eu não minto, às vezes dá para chorar, para rir e até para devaneios sexuais) e as que nos fazem passar por experiências que não são facilmente traduzíveis. Há obras assim, que se arrastam na nossa memória e que a elas voltamos de encontrão.

No entanto, partir do princípio que as obras são realmente tudo, tudo com que o artista se deve preocupar, leva-nos ao seguinte sarilho: podemos acreditar que podemos produzir obras com qualidade independentemente do contexto e das condições de trabalho (e voltamos ao aborrecimento de ter falar desta cidade e do estímulo que tiramos da sua actividade cultural!)...! E de certa maneira, caímos no outro sarilho que é pensar que o que acontece, acontece pelos desígnios de alguém e não os nossos!

Pois bem, a produção não vai cessar – mais ou menos reflectida - porque se acredita que a obra é, repito, o mais importante, e uns terão mais qualidade e outros menos, e uns serão apanhados agora e outros mais tarde - ou então, nunca. Faz parte.
Mas a qualidade, penso eu, da obra de qualquer artista, embora fundamental, não justifica que o artista viva e trabalhe alheado do que o rodeia e das decisões que deverá tomar, confiante dos resultados que obtém. Isto porque há muitos talentos a sair das escolas e a trabalhar com afinco, também com qualidade. A diferença e a dificuldade é manter uma opinião e uma ligação de comprometimento com o que está para além e à volta da obra.

Tuesday, October 02, 2007

AS CUSTAS DOS BOLINHOS


Dear, Ressabiator
Às custas dos bolinhos e dos padeiros ando para aqui a pensar nas formas!
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Se não estivesse constipada daria uma primeira entrada para fazer o teste.
Amanhã logo se vê. Como sabes, quando o caminho é prá direita eu sigo pela esquerda!

I LIKE GOD'S STYLE! POR ISABEL BAKER! CLICK!

EDITAR PERFIL SUCKS!


Estou desde ontem para alterar o meu perfil e de uma vez por todas deixar a Vanessa Paradis (com quem nunca fui “à bola”) sossegada. Fiz praticamente tudo o que o blogger me indicava para alterar a fotografia e ainda assim não fui capaz. Até uma faixa do Momus está lá, mais umas mensagens estranhas, mais o meu endereço do MSN, mas a fotografia...decidi então pesquisar na web pelo meu primeiro nome até encontrar alguém parecido comigo. Foi então que encontrei a melhor mistura possível para este momento de ensaios e concertos rockeiros! Cá está, Isabel Baker, "I Like God's Style", com um estilo muito próprio: Christian Garage Rock-A-Billy.

Acho que me fica bem! Agora o sítio onde eu fui desencantar isto chama-se: the ACID ARCHIVES OF UNDERGROUND SOUNDS, belissimo!

Monday, October 01, 2007

ENTREVISTAS_COM_LUISA_CUNHA(titulo da obra: dirty mind)


(ver link para entrevista audio no titulo)
Encantada!